O governador em exercício de Santa Catarina, Francisco Oliveira Neto, esteve na tarde desta segunda-feira (23) no município de Abelardo Luz, onde se reuniu com o prefeito Nerci Santin para avaliar os estragos provocados pelos fortes ventos e chuvas intensas que atingiram a cidade durante a madrugada. O fenômeno climático deixou 11 pessoas desalojadas e afetou diretamente 92 construções, entre casas e prédios públicos. Diante da situação, a prefeitura decretou estado de emergência.
Segundo a Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil, o fenômeno foi causado pela formação de uma linha de instabilidade, um tipo de sistema meteorológico que alinha nuvens de tempestade capazes de provocar ventos fortes e chuva volumosa. As imagens do radar meteorológico de Chapecó indicaram que Abelardo Luz foi a área de maior impacto, com ventos estimados entre 70 e 80 km/h — e com relatos pontuais de rajadas que ultrapassaram os 100 km/h. A chuva intensa também trouxe alagamentos, com registros de até 20 mm em apenas 20 minutos.
O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) atendeu mais de 300 ocorrências ligadas aos efeitos da tempestade somente em Abelardo Luz. Aproximadamente 250 famílias foram atendidas diretamente, somando cerca de 300 pessoas afetadas em bairros como Alvorada, Aparecida, Centro, Santa Luzia e áreas rurais. As equipes atuaram na avaliação de estruturas danificadas, isolamento de áreas de risco, desobstrução de vias, remoção de árvores caídas e fornecimento de apoio humanitário.
Até o fim da tarde desta segunda, mais de 70 ocorrências haviam sido registradas, principalmente relacionadas ao corte de árvores e à liberação de ruas bloqueadas. Cerca de 20 rolos de lonas emergenciais, com 100 metros cada, foram distribuídos às famílias que tiveram suas casas destelhadas ou afetadas por infiltrações. A instalação foi realizada com o apoio da comunidade local e das equipes de emergência.
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Além de Abelardo Luz, municípios vizinhos também foram atingidos. Em Descanso, uma análise técnica confirmou a ocorrência de uma microexplosão — fenômeno meteorológico caracterizado por correntes de ar descendentes extremamente fortes, que tocam o solo e provocam ventos destrutivos. Os ventos registrados podem ter ultrapassado 100 km/h, causando queda de árvores, galhos e postes.
Cidades como Xaxim, Xanxerê e São Lourenço do Oeste também sofreram com destelhamentos e danos estruturais, reforçando o impacto regional do sistema climático.
As autoridades seguem monitorando a situação, e os trabalhos de assistência continuam nas áreas afetadas. A orientação da Defesa Civil é para que moradores de áreas de risco fiquem atentos às atualizações e evitem locais com risco de desabamento ou alagamento.
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