Foco
Tenho conversado com integrantes do departamento de Futebol dos dois times sobre esse começo de Série B.
Vejo muita seriedade e preocupação no dia a dia.
Objetivo
Sobriedade em acertar, errar o menos possível, somar o maior número de pontos e alcançar a primeira meta: a classificação entre os seis primeiros colocados.
Se acabar a 1ª fase em primeiro lugar ou na segunda posição, melhor ainda, pois esse é o desejo de todos.
Já que a vaga nas semifinais estará garantida.
Mental
De quebra, evita-se um possível confronto ardiloso, onde o adversário, até então mais fraco, joga como franco atirador, sem obrigação, sem pressão.
Além de um tempo essencial para se fortalecer mentalmente e encarar os dois jogos decisivos que valem o acesso.
Respeito
Parece ser unanimidade entre as nove equipes.
O Blumenau é o principal candidato.
Embora não esteja jogando o que se imaginava (por conta da biografia dos jogadores, do tempo de preparação e da estrutura oferecida), é quem lidera a competição.
Por ora, empolgando ou não, vem fazendo a sua parte e isso é o que importa.
Com a tendência de que vai chegar pronto na hora H.
Rival
Outra afirmação é que não dá para descartar ninguém da briga, exceção do Porto e talvez o Fluminense.
O Tubarão, que empatou com Metropolitano e Blumenau, é na opinião dessa turma (que conhece a fundo os bastidores da bola) um oponente duro.
Tem bons valores individuais e quando encaixar, vai incomodar.
Bem como Juventus e Camboriú, em uma escala de confiança menor.
Progressão
Também é consenso, inclusive dentro do próprio BEC, que o Metropolitano vai chegar nas cabeças (caso não surjam novos problemas internos).
Mesmo sofrendo para ganhar do Nação, o time deu sinais de que pode prosperar.
Evandro Guimarães pediu paciência ao torcedor e, ao mesmo tempo, carta branca à gestão para trocar as peças que ele entendeu que iriam acrescentar pouco ou quase nada.
Tanto é que três atacantes saíram antes mesmo da estreia: Igor Santos, Guilherme e Cristian.
Protagonista
É por isso que Carlos Corsini, Mauro Ovelha e o próprio treinador estão mapeando um atacante que jogue pelos lados do campo.
Para abastecer Gustavo, que mostrou força, habilidade e faro de gol.
Importante ressaltar ainda a eficiência do lateral direito Dudu e do zagueiro Ramon.
Coadjuventes
O desempenho de Gustavo poderia ser melhor, da equipe como um todo, se a bola chegasse com mais frequência na frente.
Tivesse condições de tirar um atleta de outro time, imagino que a Mais Sports buscaria outro articulador.
De todo modo, as fichas seguem depositadas em dois meias que nem de longe lembram as relevantes performances no Inter de Lages (Danilo Nazaré) e no Juventus de Jaraguá do Sul (Marllon).
Oscilação
No entanto, é preciso reagir, pois ninguém está seguro.
Basta ver o exemplo de Eder.
O goleiro mostrou indecisão no primeiro gol do Nação (para muitos falhou contra o BEC) e no dia seguinte, o clube anunciou a chegada de um camisa 1.
Alan, 24 anos, que disputou 21 jogos pelo Sampaio Corrêa MA.
Conceitos
Essa mesma regra vale para o Blumenau.
Leandro Mehlich tem se mostrado um profissional que extrai o máximo de seus jogadores.
Costuma optar por uma formação mais sólida e experiente.
Arma seu esquema para ter o controle da partida e não sofrer.
Caras novas
Contra o Tubarão, a equipe deixou de matar o jogo no primeiro tempo.
Na etapa final foi lento na transição, acabou dominado em alguns momentos.
Mesmo sem sustos no gol de Glédson, isso lhe incomodou.
Quem vacilar pode perder a titularidade.
Diante do Porto neste sábado (22), às 15h, no Sesi, Mehlich pode optar por caras novas no decorrer do duelo.
Realidade
A propósito, previsão otimista de público por parte da diretoria.
Entre 1500 a 1800 torcedores.
Não quero ser agourento, de novo, mas é difícil.
Ingresso a R$ 50 (R$ 25, a meia-entrada).
Adversário de pouca expressão.
O feriadão que, de alguma maneira, pode atrapalhar.
Vermelho
Como projetei semana passada aqui no Portal, o Metropolitano também não conseguiu colocar mil pagantes contra o Nação.
1.227 presentes (no jogo Blumenau e Camboriú foram 1.407 presentes).
596 ingressos vendidos a R$ 15 e R$ 40.
631 pessoas que não pagaram (sócios, credenciais, convidados, menores).
R$ 23.040 de renda.
Menos R$ 8.760 de receita antecipada (sócios + credenciais): R$ 14.280.
Despesas, conforme borderô: R$ 39.943,56.
Prejuízo: R$ - 25.663,56 (receita - despesa - sócios).
Ônus
Não estou aqui para mensurar ou julgar quem tem mais torcida.
As situações dos clubes (como em 2018) são distintas - se inverteu.
Não está fácil a vida do povão.
A economia não ajuda.
O governo não se ajuda.
Ponta firme
O objetivo é destacar a lealdade de quem vai a campo.
E valorizar quem ainda tem coragem e boas intenções de encabeçar um projeto.
Vazari
Vide Ronei Schultze.
Pegou um clube endividado, sem receita, estava cheio de boas ideias.
Viu que se meteu em uma furada.
E pediu licença.
Teve dirigente em um passado recente que fez o mesmo.
Só que nunca mais voltou.
Fazer futebol em Blumenau é um fardo pesado, coisa de maluco.
Mín. 17° Máx. 20°