Foco
Venceu o time mais inteiro.
Que se preparou melhor.
Com mais tempo.
Em melhores condições.
Que na semana do jogo se preocupou apenas em treinar.
Alternativas
Embora tenha jogado um futebol abaixo da expectativa criada, foi o Blumenau quem mais apresentou variações técnicas e táticas.
Foi quem mais ofereceu opções ao treinador.
Tanto é que Leandro Mehlich ganhou o jogo nas substituições.
Sobretudo com as entradas do lateral João Vitor, que aprontou uma correria com qualidade pelo lado direito.
Com Luketa, que mostrou agilidade como 9.
E com Paul Henry, que chamou a responsabilidade e foi decisivo, atuando pelo lado esquerdo do campo de ataque.
Detalhe
Lance em que o camaronês mostrou muita explosão na arrancada e potência na batida.
Todos os méritos para Paul.
Mas alguém poderia ter matado a jogada na sua origem.
O atacante contou com a conivência dos marcadores.
Olhando de cima, da cabine de TV, considerei inicialmente a defesa difícil.
Só que vendo o gol por baixo, concluí que o arremate era defensável para Eder.
Pragmatismo
Não gostei da partida.
Depois de tanto mistério, em que escalações não foram reveladas em jogo treino e limitações para filmar uma atividade com bola, esperava mais.
Principalmente do Blumenau.
Contudo, parece que estou isolado no meu ponto de vista.
Porque todo mundo ligado ao clube com quem conversei não estava preocupado com o desempenho.
Queriam vencer.
Pés no chão
Não tenho dúvidas que o time vai crescer e brigar pelo título.
Porque a comissão técnica tem material humano para isso, além de estrutura para trabalhar.
O BEC teve mais peças à disposição.
Foram 23 jogadores na súmula do confronto contra 19 do adversário.
Hoje, o Metrô tem 27 atletas registrados no BID. O BEC 26.
A equipe só não pode achar que vai passar o trator em todo mundo.
Até porque, mesmo com a tão falada ansiedade do primeiro jogo, penou para vencer pelo placar mínimo.
Muito por conta da postura adotada por Evandro Guimarães.
Realidade
O treinador sabia da inferioridade técnica do seu elenco.
Marcou bem os principais articuladores do oponente e se lançou ao ataque com prudência, com toques curtos, pois poderia sofrer no contra ataque.
Evolução
Mesmo cauteloso, foi o Metropolitano quem teve a chance de abrir o placar, na finalização de Gustavo defendida por Glédson.
Se a bola entra, a dinâmica da partida poderia ter sido outra.
De todo modo, também entendo que com novos atletas, a equipe vai crescer e lutar pelo acesso.
Devem estrear o lateral esquerdo Abraão, 23 anos, que estava no Sampaio Corrêa MA.
O volante/meia Wallace, 22 anos, ex-Paraná.
E o atacante Luis Felipe, 27 anos, emprestado pelo Betim MG, que defendeu o Marcílio Dias ano passado.
Outro fator preponderante é melhorar o condicionamento físico de alguns jogadores, como Marllon, que foi contratado para ser o cabeça pensante.
Também é fundamental que o grupo não seja afetado pelos problemas internos.
Concorrente
Pelo que vi na 1ª rodada, o único time que pode atrapalhar os planos da dupla blumenauense é o Juventus, que venceu naturalmente o Porto por 3 x 0 (poderia ter sido mais).
O Porto não é parâmetro, mas a imposição apresentada pela equipe de Paulo Baier foi bem interessante.
Também estou curioso quanto ao desempenho do Tubarão.
Eco
O Metropolitano perdeu no campo, mas ganhou na arquibancada.
A sua torcida foi a que mais se preparou e se organizou para o clássico.
Foi a que fez a melhor recepção ao time.
Foi a que mais cantou durante o jogo.
Claro que a carga maior de ingressos (60% a 40%) pesou de alguma forma.
Mas, comparando o espetáculo como um todo, não anula a performance mais sintonizada fora de campo.
Zen
A chegada de uma nova torcida organizada mudou o perfil do público tricolor.
A proposta de trazer mais famílias ao estádio é muito bacana - de fato, várias crianças estiveram no Sesi.
Bem como priorizar o apoio ao time, sem se preocupar com os concorrentes - os xingamentos alheios no último sábado foram uma disputa à parte.
O investimento em um novo figurino, inclusive com a presença de um mascote, também foi uma ótima sacada.
Assim como a implantação de uma charanga.
Só que essas ideias não foram bem recebidas por alguns integrantes da velha guarda.
Sintonia
Os bequianos precisam se entender.
É prudente, para quem está chegando agora, respeitar a tradição e os costumes de quem sempre esteve ao lado do clube, mesmo no fundo do poço.
Mas também é importante ter discernimento e aceitar novos simpatizantes.
A torcida do BEC envelheceu com o tempo.
Muita gente jogou a toalha.
Meia duzia
E esse climão só desagrega, afugenta, não leva a lugar algum.
Tanto é que fiz uma provocação na resenha da minha patota no Planet Ball.
Apostei que o Sesi não vai receber 1.000 pagantes neste sábado, às 15h, contra o Camboriú.
Por conta do histórico.
Pode incluir nessa conta os sócios.
As gratuidades, não.
1.000 pagantes!
Mín. 15° Máx. 19°