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Racha nas fileiras do PSD-SC

Quanto ao ex-senador e ex-governador Raimundo Colombo, não assumiu compromisso com Jorginho, mas, por outro lado, também não compareceu a nenhum evento patrocinado por João Rodrigues.

20/08/2025 às 09h33
Por: Redação
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O PSD está agindo de forma dissimulada ou, em Santa Catarina, já apresenta uma divisão ainda maior do que a provocada pela defecção do prefeito da Capital, Topázio Silveira Neto, que há tempos respalda a reeleição de Jorginho Mello.
Não se pode esquecer do ex-deputado Paulinho Bornhausen, hoje secretário de Articulação Internacional, igualmente engajado na recondução do governador.

Quanto ao ex-senador e ex-governador Raimundo Colombo, não assumiu compromisso com Jorginho, mas, por outro lado, também não compareceu a nenhum evento patrocinado por João Rodrigues.
A questão ganha relevo porque, nas últimas semanas, ficou evidente a aproximação entre Jorginho e o presidente da Assembleia Legislativa, Julio Garcia.

Ambos estiveram juntos em diversos eventos, trocaram abraços e sorrisos, a ponto de gerar rumores de bastidores: Julio poderia ser opção para compor como vice na chapa do governador em 2026.

Postura

Essa tese vem sendo defendida há muito tempo por Topázio e começou a ser interpretada como uma saída honrosa para João Rodrigues, que, no último mês e meio, sumiu do cenário político, evidenciando dificuldades para manter sua pré-candidatura ao governo.

Isolamento

João não tem sequer um partido comprometido com sua candidatura.
O PSD, por sua vez, está dividido entre Topázio, Bornhausen e um Raimundo Colombo silencioso.
Afinal: o partido joga para compor com o governador ou estaria apenas encenando entendimento enquanto ainda aposta, nos bastidores, numa pré-candidatura própria?

Realidade

Jorginho deve estar raciocinando: colocar o PSD na chapa pode ter o efeito de empurrar o MDB para fora da aliança.
Se isso acontecer, o caminho natural dos emedebistas seria em direção a João Rodrigues, o que poderia dar fôlego ao seu projeto.

Visão

Esse cálculo não é novo. Jorginho já havia sinalizado, no passado, que a vaga de vice seria do MDB — assim como o partido lhe garantiu uma das vagas ao Senado em 2018.

Fita crepe

Se Jorginho conseguir segurar o MDB e o União Progressista, João Rodrigues ficará isolado, sem perspectivas de atrair partidos relevantes para sua candidatura.

Tiro no pé

Ao tentar atrair Julio Garcia e o PSD para compor de vice, Jorginho pode estar apenas dando argumentos para o MDB se afastar do governo e buscar espaço com a pré-candidatura de João.

Natimorto

Se Jorginho mantiver o MDB e o União Progressista em sua base, o PSD ficará sem rumo. Ou se lança na aventura com João Rodrigues ou se limita a atuar na chapa proporcional para Câmara e Assembleia.

Sem chance

Já o Novo dificilmente entraria nesse jogo. Adriano Silva não renunciaria à prefeitura de Joinville para compor uma chapa liderada por João. E o partido já lançou Gilson Marques ao Senado. Este, sim, poderia dar palanque a uma eventual candidatura de Romeu Zema à Presidência.

Trocando em miúdos

Essa cartada soa como mais uma típica jogada pessedista para tentar forçar o desembarque do MDB e viabilizar a candidatura de João Rodrigues.

Perito

Mas, desta vez, o PSD não enfrenta um neófito como Carlos Moisés, que quase foi cassado na Assembleia.
O adversário é Jorginho Mello, político com nove mandatos, que nunca perdeu uma eleição, reconhecido pelo trabalho e, sobretudo, pela astúcia.
Simples assim.

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Prisco Paraíso
Sobre o blog/coluna
Com mais de quatro décadas de experiência no jornalismo político, Prisco já passou pelos principais veículos de comunicação de Santa Catarina. Atuou como repórter, colunista e comentarista em rádio, TV e jornais. Hoje, assina sua coluna também no AJ Notícias com análises precisas e bastidores da política catarinense.
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