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Fora de controle

Não denunciam o abuso. Não denunciam o autoritarismo. Estão ajudando a destruir o que resta de liberdade no Brasil.

25/07/2025 às 08h41 Atualizada em 25/07/2025 às 08h43
Por: Redação
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Definitivamente, o ministro Alexandre de Moraes está ultrapassando todos os limites toleráveis, aceitáveis e constitucionais. Sua conduta já não se sustenta diante da esmagadora maioria da opinião pública — independentemente se o cidadão é de direita, esquerda ou centro.

Seu último despacho é um escândalo: ameaçar de prisão o ex-presidente Jair Bolsonaro se veículos de imprensa divulgarem declarações dele nas redes sociais. Isso mesmo: se um terceiro veicular algo dito por Bolsonaro, a responsabilidade recai... sobre Bolsonaro. Absurdo é pouco.

Censura escancarada

Mas como assim, cara pálida? Onde vamos parar?

Isso é censura prévia — na forma mais pura, mais escandalosa e mais inconstitucional. Já é revoltante o ex-presidente estar impedido de usar redes sociais. Já é abusivo obrigá-lo a usar tornozeleira eletrônica — sendo que nem condenado ele é. Agora, proibir que ele fale em um vídeo veiculado por outra pessoa? Isso é um delírio autoritário.

Se falar é crime, então que o prendam logo. Mas que deixem claro ao país: estamos sob uma ditadura togada.

O dono do Brasil?

O ministro transborda autoritarismo e pratica variadas arbitrariedades. Parece se considerar o dono do mundo, o imperador do Brasil. Até quando?

A própria divergência recente do ministro Luiz Fux, que votou contra as medidas cautelares impostas a Bolsonaro, é um sinal: já não há unanimidade nem no STF. E a crítica do ex-ministro do STF, Marco Aurélio Mello, foi direta: sugeriu que Moraes precisa de divã — ou seja, perdeu o juízo.

Silêncio

Como se não bastasse, veículos de comunicação alinhados ao governo e ao STF — o chamado “consórcio” da imprensa, a mídia chapa branca — silenciam. Compactuam. Acobertam.

Não denunciam o abuso. Não denunciam o autoritarismo. Estão ajudando a destruir o que resta de liberdade no Brasil.

O Brasil cobra ação

Não dá mais para assistir passivamente a esse estado de coisas.

O Congresso Nacional precisa reagir. Os presidentes Davi Alcolumbre e Hugo Motta têm o dever institucional de se posicionar. Sabemos que as casas legislativas hoje funcionam como regimes presidencialistas — o presidente da Câmara manda mais que os outros 512 deputados; o presidente do Senado, mais que os 80 senadores. Mas isso não justifica a omissão.

Mesmo em recesso, o mínimo que se espera é que já deixem convocado algo para o retorno. Ou, se necessário, que o recesso seja interrompido. O povo está atento.

Nossa vez

A pressão popular precisa crescer. Porque, lá fora, a reação já começou. A imprensa internacional observa, os organismos estrangeiros se mobilizam — e é inadmissível que a normalidade do Estado de Direito no Brasil dependa de pressão externa.
Isso é uma vergonha.

Não é mais sobre Bolsonaro. É sobre liberdade, democracia, e o direito de qualquer cidadão.

**As opiniões expressas neste conteúdo são de responsabilidade exclusiva do colunista e não refletem, necessariamente, a posição editorial do AJ Notícias.

 
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MarceloHá 18 horas Blumenau - SCO comentarista fala em liberdade, mas na democracia podemos pedir a volta da ditadura, mas na ditadura não podemos pedir liberdade. E mais, Prisco, pelo conjunto da obra o inelegível já deveria estar preso a muito tempo e ainda mais agora com esse projeto de vingança contra o Brasil promovido pelo filho com apoio dos EUA. Você deveria dizer que o Brasil é soberano e não aceita chantagens. Seja patriota de verdade e não de ocasião.
Vilmar dos Santos Há 20 horas Blumenau Bolsonaro na cadeia sem anistia
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Prisco Paraíso
Sobre o blog/coluna
Com mais de quatro décadas de experiência no jornalismo político, Prisco já passou pelos principais veículos de comunicação de Santa Catarina. Atuou como repórter, colunista e comentarista em rádio, TV e jornais. Hoje, assina sua coluna também no AJ Notícias com análises precisas e bastidores da política catarinense.
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