Blumenau permanece, por mais uma semana, com 100% de ocupação nos leitos de UTI adulto do SUS, segundo dados do painel CIEGES (Centro de Informações Estratégicas para a Gestão do SUS), do governo de Santa Catarina. Nesta quarta-feira (11), os 20 leitos do Hospital Santo Antônio e os 20 do Hospital Santa Isabel estavam totalmente ocupados.
A situação crítica se repete em outros municípios do Vale do Itajaí. Estão com lotação máxima as UTIs dos hospitais Oase (Timbó), Beatriz Ramos (Indaial), Dr. Waldomiro Colautti (Ibirama), Regional de Rio do Sul, Bom Jesus (Ituporanga), Imigrantes (Brusque), Azambuja (Brusque) e o Hospital de Gaspar.
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De acordo com o painel estadual, Santa Catarina possui atualmente 947 leitos ativos de UTI adulto pelo SUS. Destes, apenas 16 estavam disponíveis na manhã desta quarta-feira, o que representa uma taxa de ocupação de 98,3%.
O estado enfrenta um aumento nas internações por gripe neste outono, conforme alerta emitido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE).
De janeiro a maio de 2025, foram registrados mais de 1 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pela Influenza em Santa Catarina — um aumento de 20% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram notificados 879 casos.
As mortes também aumentaram significativamente: foram 126 óbitos neste ano, contra 66 no ano passado. A maioria das vítimas tinha mais de 50 anos (110 mortes).
A faixa etária com maior número de casos graves confirmados é a de idosos acima de 60 anos, que representam 46,8% dos registros. Em seguida estão as crianças de até 4 anos, com 20,8% dos casos.
Segundo a SES, a baixa cobertura vacinal contra a gripe é um dos principais fatores para o avanço da doença. Até o momento, apenas 42,6% do público-alvo foi vacinado, índice considerado abaixo do ideal.
“Reforçamos a importância da vacinação contra a Influenza, bem como das medidas não farmacológicas de prevenção. O diagnóstico precoce e o tratamento têm o objetivo de reduzir a transmissão da doença e apoiar as ações assistenciais, reduzindo a pressão nas unidades de saúde”, destaca Fábio Gaudenzi, superintendente de Vigilância em Saúde.
A Secretaria reforça ainda a orientação para que pessoas com sintomas gripais procurem atendimento médico o quanto antes, especialmente os grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças pequenas, gestantes e portadores de doenças crônicas.
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