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O delegado de Polícia Civil de Indaial, Filipe Martins, responsável pela investigação do caso da menina Isabelle de Freitas, de 3 anos, que foi espancada até a morte pelo padrasto e pela mãe, concedeu uma entrevista coletiva na noite desta quarta-feira (6), por volta de 21h45. O crime aconteceu na segunda-feira (4) de manhã e, após perceber que a criança estava morta, o casal decidiu ocultar o corpo, colocando a criança já sem vida e enterrando em uma área de mata às margens da BR-470.
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Em depoimento ao delegado, o casal contou que os atos de violência eram recorrentes e usados como forma de "correção". Além disso, o padrasto disse que a mãe da criança também teria batido na menina.
"Num primeiro momento nós percebemos uma certa incongruência, uma série de narrativas controversas. Ao longo da tarde ouvimos diversas pessoas e foi noticiado a presença de um suposto veículo cinza que esteve no local e que, em tese, poderia ter sido responsável pelo sumiço dessa criança. Foi criado um cenário inicial de que a criança poderia ter sido sequestrada dentro da própria casa. Fato é que a gente logo identificou quem era essa pessoa e ficou bem claro que ele foi até ali a pedido do padrasto dessa criança, no período da tarde, e que ninguém entrou no veículo. Ele ficou por cerca de 5, 6 minutos esperando, cancelaram a corrida e a pessoa voltou ao ser trabalho", explicou o delegado.
Além disso, Martins informou que testemunhas ouvidas nesta quarta relataram terem escutado uma briga muito grande dentro da casa na segunda-feira, dia que a criança foi morta. "Quando eles perceberam que não tinham mais escapatória, que a polícia já tinha descoberto e avançado bastante apesar de estamos em uma investigação de menos de 24 horas, o padrasto da criança confessou e disse que teria iniciado as agressões, mas que a mãe também participou. Em determinado momento a criança teria evoluído ao óbito e então eles tiveram a ideia de se livrar do corpo. Eles colocam a criança dentro de uma mala e saem os dois com a criança dentro da mala e levam ela para uma área de mata ali na BR-470, uma área de mata fechada, bem distante e enterram essa criança ali", relata o delegado.
A criança estava enterrada em uma cova rasa, em uma área de difícil acesso e com um cobertor azul enrolado pelo corpo. Perícias também estão sendo realizadas na casa em que a família morava, pois há indicativos de bastante extravasamento de sangue na casa, disse o delegado.
Ele ainda destacou que, mesmo com a confissão do casal, ainda há algumas contradições. "Mas nós vamos conseguir aprofundar ao longo das investigações, mais pessoas serão ouvida e nós fizemos a apreensão de aparelhos celulares", finalizou.
O casal está em custódia da polícia.
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