Impasse no transporte coletivo de Gaspar: trabalhadores cobram negociação e ameaçam paralisação; entenda

Os trabalhadores do transporte coletivo de Gaspar, no Vale do Itajaí, aprovaram por unanimidade o início de mobilização buscando garantir a abertura da negociação coletiva de trabalho, respeitando a data-base da categoria, que é 1º de julho. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada na tarde deste sábado (11), convocada pelo Sindetranscol, sindicato que representa os profissionais.

De acordo com o sindicato, tanto a empresa Expresso Presidente, responsável pela operação do transporte coletivo em Gaspar, quanto a Prefeitura, serão notificadas nesta segunda-feira (13). Será dado um prazo de cinco dias úteis para que ambas as partes se manifestem e iniciem as tratativas com a entidade sindical.

Caso a empresa continue se recusando a dialogar com o Sindetranscol, a partir do dia 20 de outubro poderão ser realizados protestos, paralisações e até greve, conforme decidido na assembleia.

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Reconhecimento oficial do sindicato

Desde janeiro de 2024, o Sindetranscol, Sindicato dos Empregados nas Empresas Permissionárias do Transporte Coletivo Urbano de Blumenau, passou a ser o representante sindical legítimo dos trabalhadores de Gaspar, após o Ministério do Trabalho e Emprego reconhecer oficialmente a ampliação de sua base territorial de atuação.

No entanto, o Sindetranscol afirma que a empresa Expresso Presidente vem se recusando a negociar com o sindicato, alegando estar vinculada a um acordo coletivo firmado em 2024 com o antigo sindicato, que antes representava a categoria na cidade.

Categoria rejeita acordo anterior

Os trabalhadores, por sua vez, não reconhecem esse acordo, alegando que ele foi firmado sem o conhecimento e participação da categoria, o que fere os princípios de representatividade e transparência.

Eles exigem que a empresa respeite o direito à negociação coletiva legítima, conduzida pelo sindicato reconhecido legalmente, o Sindetranscol, e alertam que não aceitarão mais a exclusão das decisões que afetam diretamente seus direitos e condições de trabalho.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Gaspar e a empresa Expresso Presidente, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno. O espaço segue aberto.

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