Cascata do Avencal em Urubici na Serra. O município foi o mais procurado neste ano – Foto: Jonatã Rocha / SECOM
O turismo de inverno em Santa Catarina alcançou um marco inédito em 2025. De acordo com pesquisa da Fecomércio-SC, a Serra catarinense registrou o maior gasto médio por grupo de visitantes da história, em termos reais, o valor saltou de R$ 2.824 para R$ 3.550 por grupo de visitantes, o maior número da série histórica iniciada em 2017.
Esse resultado reflete não apenas o potencial da região durante os meses mais frios, mas também as ações do Governo de Santa Catarina, que desde 2023 reconhece o inverno como uma estação turística oficial, promovendo campanhas, roteiros e infraestrutura voltados para essa época do ano com o Estação Inverno, lançado pelo governador Jorginho Mello.
Desde o lançamento do programa Estação Inverno, o Estado passou a estruturar uma política consistente de valorização da temporada. O projeto reúne campanhas de divulgação, criação de uma marca promocional e integração entre secretarias para ampliar a visibilidade da Serra catarinense.
Além disso, foram realizadas ações conjuntas com a Segurança Pública, garantindo organização e tranquilidade para turistas e moradores durante o aumento de fluxo na região. Com essa base, o governo consolidou o inverno como um produto turístico estratégico, capaz de reduzir a sazonalidade e ampliar as oportunidades econômicas locais.
“O recorde de gasto médio na Serra Catarinense em 2025 é a prova de que a estratégia para a Estação Inverno está dando resultados. Desde 2023, sob determinação do governador Jorginho Mello, o Governo de Santa Catarina vem investindo na criação de uma política turística robusta, com campanhas, infraestrutura focadas e ações internacionais que foram ampliadas no último ano. Também foi realizado o evento de lançamento em Lages, dando destaque para os municípios da Serra catarinense. Conseguimos transformar o frio em um produto turístico estratégico, reduzindo a sazonalidade e valorizando a Serra para além da alta temporada”, disse Catiane Seif, Secretária de Estado do Turismo.
Os números comprovam o impacto direto do turismo na economia serrana. Em 2025, os visitantes destinaram 36% de seus gastos à alimentação, 24% à hospedagem, e o restante a comércio (15%), lazer (13%) e transporte (12%).
Outro dado relevante é o aumento do ticket médio gasto em cada estabelecimento, que chegou a R$ 354, representando um crescimento de 25% em relação ao ano anterior. Esse cenário fortalece pequenos negócios, atrai novos investimentos e amplia a geração de empregos.
Mais do que movimentar a economia, o turismo de inverno contribui para a valorização cultural e gastronômica da região. A Serra catarinense se consolida como referência nacional em experiências ligadas ao frio, desde a apreciação da paisagem nevada até o enoturismo e a culinária típica.
A pesquisa também revelou os municípios que se destacaram durante a temporada. Urubici foi o mais procurado, com 53,6% das escolhas para hospedagem, seguido por São Joaquim (17,6%) e Lages (17,6%). No que se refere ao tipo de acomodação, 52% dos turistas optaram por hotéis, 24% preferiram alugar imóveis e 7,2% ficaram em casas de amigos ou parentes.
Entre os atrativos mais lembrados pelos visitantes estão o Morro da Igreja (8,3%), a Serra do Corvo Branco (7,2%) e a Serra do Rio do Rastro (6,6%), destinos que chamam a atenção pela beleza natural e pela imponência das paisagens.
Outro ponto em crescimento é o enoturismo, que se consolida como uma das experiências mais buscadas na Serra catarinense. 11,9% dos entrevistados citaram vinícolas e vinhedos como parte essencial do roteiro, reforçando a vocação da região para a produção de vinhos de altitude e experiências ligadas à cultura da uva. Durante os últimos anos, o Governo do Estado, por meio da Setur, vem investindo no segmento com participação em feiras estratégicas e campanhas especiais.
A pesquisa de perfil mostra que o público da Serra no inverno é distinto do que procura o Litoral durante o verão. Em 2025, houve crescimento da presença de turistas de outros estados, que passou de 37% para 39,4%. A maior parte vem de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Essa tendência é fortalecida pela diversificação das atrações, que ampliam o interesse pelo destino e favorecem o fluxo de visitantes de diferentes origens.
Mín. 12° Máx. 21°