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Realidade política de SC transformada em três anos

Cinco delas no campo conservador e uma única no contexto de esquerda.

26/09/2025 às 09h58 Atualizada em 26/09/2025 às 10h11
Por: Redação
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Nas eleições de 2022, tivemos, em Santa Catarina, seis grandes candidaturas ao governo. Cinco delas no campo conservador e uma única no contexto de esquerda.

Décio Lima, do PT, conseguiu carimbar passaporte para o segundo turno justamente pela pulverização de votos da outra extremidade ideológica. Vamos relembrar: Jorginho Mello, do PL, de Jair Bolsonaro — então presidente que tentava a reeleição — também chegou à grande final. Mas outros quatro estavam na disputa: o senador Esperidião Amin; o ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro; o então governador Carlos Moisés; e o promotor público Odair Tramontin.

Ainda com a candidatura de Lula à Presidência, a quem Décio é intimamente ligado, isso contribuiu para que ele suplantasse, por pequena margem, o governador à época, o próprio Moisés. Transcorridos três anos, existe uma realidade eleitoral completamente diferente no estado.

Balão de ensaio

Senão, vejamos. Quem, efetivamente, são os pré-candidatos ao governo? Evidentemente não valem essas pré-candidaturas lançadas ao vento para conseguir algum espaço na majoritária, como é o caso do vereador de Florianópolis, Afrânio Boppré, do PSOL; ou mesmo a do deputado estadual Marcos Vieira, do PSDB, que certamente lança mão desse expediente para obter alguma vantagem de ordem político-eleitoral.

Pra valer

Sob o aspecto partidário, o PSDB praticamente inexiste no Brasil e em Santa Catarina. Para valer mesmo, estão com o bloco na rua: Décio Lima ou, eventualmente, o atual presidente do PT catarinense, o deputado estadual Fabiano da Luz — ele ou Décio Lima pelos vermelhos; o governador Jorginho Mello, candidato natural à reeleição; e uma terceira candidatura que se apresenta há mais de um ano, mas que não consegue ficar de pé: a do prefeito de Chapecó, João Rodrigues.

João solo

Ele não conta sequer com um partido alinhado a seu projeto eleitoral. E, para piorar, nem desfruta de unidade partidária, porque o principal prefeito da sigla, Topázio Silveira Neto, de Florianópolis, defende a participação do PSD na coligação liderada por Jorginho Mello.

Dupla

Assim como o ex-deputado Paulinho Bornhausen. Quanto ao ex-governador de dois mandatos, Raimundo Colombo, tem se esquivado de participar dos movimentos de João Rodrigues. O lageano só participou de um evento na sua terra natal, quando lá esteve o prefeito de Chapecó. Fora isso, Colombo tem ficado apenas observando. Outros prefeitos pessedistas já começam a sinalizar, nos bastidores, alinhamento ao atual governador.

Escassez

Além de não contar com partidos para lhe respaldar e nem mesmo com a integridade de sua própria sigla, quais são as alternativas de João Rodrigues para compor a chapa majoritária? Clésio Salvaro, ex-prefeito de Criciúma, já se apresentou como alternativa para ser vice.

Sem votos

O nome de Eron Giordani, que preside o PSD no estado, é lembrado para o Senado. Mas são duas vagas, e esta ainda não tem sequer um nome especulado. A chapa, até aqui, fica incompleta e restrita ao PSD.

Pulando fora

Ocorre que, em março de 2026, abrir-se-á a famosa e aguardada janela para mudanças de endereço partidário. Muita gente do PSD pode bater em retirada e buscar filiação, seja no PL de Jorginho Mello, seja no Republicanos, que está no guarda-chuva das alianças do atual governador.

Boquirroto

A situação de João Rodrigues é de tal forma desesperadora que ele, mais uma vez, aciona a metralhadora giratória e vai para as redes sociais atacando jornalistas e adversários, na tentativa de justificar justamente a sua fragilidade nesse período pré-eleitoral.

Caindo pelas tabelas

João “Verdade” tem todo o direito de ser candidato, naturalmente. Mas, com uma candidatura “batendo pino” como ela se encontra, o PSD terá sérias dificuldades de compor as respectivas chapas proporcionais de candidatos à Câmara e à Assembleia.

Porto seguro

Explica-se: o cidadão que topa a empreitada de disputar a proporcional entra na corrida eleitoral na confiança de que, efetivamente, a chapa majoritária poderá carregar o partido a um porto seguro.

**As opiniões expressas neste conteúdo são de responsabilidade exclusiva do colunista e não refletem, necessariamente, a posição editorial do AJ Notícias.

 
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Prisco Paraíso
Sobre o blog/coluna
Com mais de quatro décadas de experiência no jornalismo político, Prisco já passou pelos principais veículos de comunicação de Santa Catarina. Atuou como repórter, colunista e comentarista em rádio, TV e jornais. Hoje, assina sua coluna também no AJ Notícias com análises precisas e bastidores da política catarinense.
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