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Blumenau, SC

Corrigindo a rota

Com atitude e bom futebol

12/09/2025 às 16h49 Atualizada em 12/09/2025 às 20h52
Por: Emerson Luis
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Foto: Juh Souza/BEC
Foto: Juh Souza/BEC

Maktub

"Como pode um time mudar tanto?"

Foi a pergunta que mais me foi feita depois da convincente vitória de 2 x 0 do Blumenau sobre o Joinville.  

O motivo é óbvio. 

Me tornei, imagino, chato e repetitivo, de tanto tocar no assunto. 

Tamo junto

A cena após a partida, com os jogadores jogando Carlos Correa para cima, como se estivessem comemorando um título (ou um acesso), foi um recado direto.

Um sinal que apontou um grupo fechado com o treinador.

Comemoração após a vitória. Foto: Juh Souza/BEC

Ringue 

No trabalho, não se deve misturar o lado pessoal com o profissional.

Mesmo sabendo o quão difícil é a convivência entre 40 pessoas (número aproximado de um time e comissão técnica).

Temos no mesmo habitat, personalidades, manias e idades diferentes.

Tribos, panelinhas e motivações distintas. 

Intérpretes

No fim, todos procuram protagonismo.

Ninguém quer ser um simples coadjuvante.

E quando uma mudança acontece, a motivação da maioria, ou dos injustiçados e rejeitados, aumenta. 

Estrada

Para harmonizar uma atmosfera competitiva e concorrida, é essencial ter um líder equilibrado, sensato, com conhecimento.

Nenhuma turma compra a ideia de um mentor sem biografia.  

Calendário

O preparador físico George Castilhos recebeu proposta do Marcílio Dias e foi trabalhar novamente com Waguinho Dias.

Vai ter salário, no mínimo, até abril ou maio do ano que vem - além da Copa SC, o Marinheiro vai disputar a Série A.

Embora entenda que a direção tenha amarrado muito bem os contratos de alguns atletas, não dá para descartar outras baixas. 

Lamil Valencio é o novo fisicultor. Foto: Lucas Rodrigues/BEC

Bussines 

Três reforços foram apresentados nos últimos dias. 

João Augusto, goleiro, 24 anos, ex-Quixadá CE, para ser a sombra de Glédson.

Caetano, volante, 23 anos, emprestado pelo Bragantino, que chegou dizendo que marca, cria e se aproxima do ataque - características que fizeram falta ou não foram executadas na Série B.

E Yugo Masukake, atacante japonês, 22 anos, que afirmou ser veloz e que joga pelas beiradas - hoje apenas Vinícius Jaú possui essa particularidade.  

Asiático veio cedido pelo Maringá. Foto: Lucas Rodtigues/BEC

Sem pressão

Não dá para se precipitar, julgar o futebol de um time por apenas um jogo.

Contudo, vimos o BEC com uma postura completamente diferente.

Um futebol leve, confiante, trocando passes sem pressa, com inteligência, fazendo a transição na hora certa.

Plus

Você pega a escalação contra o Camboriú e há pouquíssima diferença na formação.

Há o ganho com a vinda de Júnior Sergipano, um zagueiro seguro, técnico, raçudo, com bom passe, boa antecipação, por baixo, pelo alto. 

E a "estreia" de Gustavo Oliveira. 

Contratação

Por onde andava o volante?

Por que não era aproveitado?

De novo, foi só uma partida.

Jogador é muito de lua. 

Porém, Gustavo Oliveira apresentou um estilo que sempre defendemos: alguém que jogasse de cabeça erguida, que cadenciasse o jogo, que arrastasse a bola, que pisasse na área, que quebrasse as linhas do adversário.

Gustavo conversa com Carlos Correa. Foto: Juh Souza/BEC

Alternativas 

O próprio Emanuel cresceu, jogou demais contra o JEC, não ficou sobrecarregado na marcação. 

Bem como Diego Jardel, que nos tempos de Leandro Mehlich, tinha de correr para lá e para cá, para ajudar no combate. 

Jardel não tem perfil e muito menos idade para gastar energia à toa.

A bola é que tem que passar pelos seus pés.

Pois ele é o cara da assistência, da pifada, do improviso.

Otimismo

"A gente perdeu o brilho nos olhos, a gana de vencer", falou no vestiário o capitão Marcão, antes do jogo, em vídeo produzido pela BEC TV. 

Ou seja, o que se imaginava.

O Blumenau produziu uma ótima perspectiva. 

Deu mostras que pode brigar por algo maior. 

É cedo, lógico, o Joinville foi uma decepção, com um futebol limitadísimo.

Só que o BEC fez por onde, mereceu o resultado, que até ficou barato.

O desempenho contra o Carlos Renaux, na grama sintética do Augusto Bauer, domingo (14), às 15h, pode nos dar uma nova projeção. 

Metropolitano 

Está expirando o prazo de 90 dias da licença médica de Ronei Schultze.

Espera colaborar, no que estiver em seu alcance, nos processos da Recuperação Judicial e da SAF.

Mas garantiu que não volta para a presidência. 

Acrescentou algo interessante: 

Aspas 

O cargo de presidente precisa ser discutido pelo Conselho Deliberativo no sentido de ser remunerado (como no Avaí, por exemplo). Demanda muito tempo e dedicação, o que voluntariamente, se torna impossivel conciliar. Mesmo remunerado não tenho condições de retornar, pois atualmente meus compromissos profissionais exigem muitas viagens. O clube precisa de um presidente que seja full time, ou seja, que não precise conciliar com outros compromissos profissionais. Que possa dar expediente em tempo integral e de forma exclusiva. O planejamento na atual conjuntura do Metropolitano, exigirá muita dedicação e exclusividade.

Razão 

Aliás, quem ocupou seu lugar durante os 90 dias também renunciou. 

Lucas Zanotto não é mais presidente.

É outro que estava encontrando dificuldades de conciliar o trabalho, de onde vem o seu sustento, com as atribuições e atribulações do CT - as emoções têm limites.

Nesse caso, quem assume é o presidente do Conselho Deliberativo, que deve tocar o barco de maneira protocolar e convocar uma nova eleição, possivelmente para dezembro.

Metrô

Por ora, diante desse quadro, resta ao torcedor apoiar a gurizada. 

Domingo (14), às 15h, tem a estreia na Copa SC SUB-18.

Contra o Manchister, em Palhoça.

Com identidade própria, apoiado no Instituto Metropolitano, que conta com a parceria da Secretaria Municipal de Esportes (SME).

BEC

Também domingo, no mesmo horário, na Associação da Amaba, no Badenfurt, enfrenta o Marcílio Dias. 

A ideia é jogar no Sesi. 

Por enquanto isso não será possível porque o gramado está bem judiado e vem passando por reparos - o próximo jogo em casa na Copa SC adulto é só dia 28 contra o Nação.   

Parceria 

Sem jogador, sem escolinha, o BEC se viu obrigado a procurar o NFC da Velha Central, afinal todo clube profissional precisa disputar, no mínimo, uma competição de base.   

O objetivo, em breve, é andar com as próprias pernas.

Tanto é que foi contratado um profissional para coordenar o trabalho atual.  

De fato, não há sentido um clube ter um projeto audacioso, sem passar pela formação, revelação e venda de atletas. 

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Emerson Luis
Sobre o blog/coluna
Jornalista com ampla experiência na cobertura esportiva, Emerson Luis assina uma coluna de opinião dedicada ao esporte no Vale do Itajaí. Com olhar crítico, linguagem direta e paixão pelo que faz, analisa os bastidores, os destaques e os desafios do cenário esportivo regional. Mais do que informar, busca provocar reflexões e valorizar os protagonistas do esporte local.
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