Maktub
"Como pode um time mudar tanto?"
Foi a pergunta que mais me foi feita depois da convincente vitória de 2 x 0 do Blumenau sobre o Joinville.
O motivo é óbvio.
Me tornei, imagino, chato e repetitivo, de tanto tocar no assunto.
Tamo junto
A cena após a partida, com os jogadores jogando Carlos Correa para cima, como se estivessem comemorando um título (ou um acesso), foi um recado direto.
Um sinal que apontou um grupo fechado com o treinador.
Ringue
No trabalho, não se deve misturar o lado pessoal com o profissional.
Mesmo sabendo o quão difícil é a convivência entre 40 pessoas (número aproximado de um time e comissão técnica).
Temos no mesmo habitat, personalidades, manias e idades diferentes.
Tribos, panelinhas e motivações distintas.
Intérpretes
No fim, todos procuram protagonismo.
Ninguém quer ser um simples coadjuvante.
E quando uma mudança acontece, a motivação da maioria, ou dos injustiçados e rejeitados, aumenta.
Estrada
Para harmonizar uma atmosfera competitiva e concorrida, é essencial ter um líder equilibrado, sensato, com conhecimento.
Nenhuma turma compra a ideia de um mentor sem biografia.
Calendário
O preparador físico George Castilhos recebeu proposta do Marcílio Dias e foi trabalhar novamente com Waguinho Dias.
Vai ter salário, no mínimo, até abril ou maio do ano que vem - além da Copa SC, o Marinheiro vai disputar a Série A.
Embora entenda que a direção tenha amarrado muito bem os contratos de alguns atletas, não dá para descartar outras baixas.
Bussines
Três reforços foram apresentados nos últimos dias.
João Augusto, goleiro, 24 anos, ex-Quixadá CE, para ser a sombra de Glédson.
Caetano, volante, 23 anos, emprestado pelo Bragantino, que chegou dizendo que marca, cria e se aproxima do ataque - características que fizeram falta ou não foram executadas na Série B.
E Yugo Masukake, atacante japonês, 22 anos, que afirmou ser veloz e que joga pelas beiradas - hoje apenas Vinícius Jaú possui essa particularidade.
Sem pressão
Não dá para se precipitar, julgar o futebol de um time por apenas um jogo.
Contudo, vimos o BEC com uma postura completamente diferente.
Um futebol leve, confiante, trocando passes sem pressa, com inteligência, fazendo a transição na hora certa.
Plus
Você pega a escalação contra o Camboriú e há pouquíssima diferença na formação.
Há o ganho com a vinda de Júnior Sergipano, um zagueiro seguro, técnico, raçudo, com bom passe, boa antecipação, por baixo, pelo alto.
E a "estreia" de Gustavo Oliveira.
Contratação
Por onde andava o volante?
Por que não era aproveitado?
De novo, foi só uma partida.
Jogador é muito de lua.
Porém, Gustavo Oliveira apresentou um estilo que sempre defendemos: alguém que jogasse de cabeça erguida, que cadenciasse o jogo, que arrastasse a bola, que pisasse na área, que quebrasse as linhas do adversário.
Alternativas
O próprio Emanuel cresceu, jogou demais contra o JEC, não ficou sobrecarregado na marcação.
Bem como Diego Jardel, que nos tempos de Leandro Mehlich, tinha de correr para lá e para cá, para ajudar no combate.
Jardel não tem perfil e muito menos idade para gastar energia à toa.
A bola é que tem que passar pelos seus pés.
Pois ele é o cara da assistência, da pifada, do improviso.
Otimismo
"A gente perdeu o brilho nos olhos, a gana de vencer", falou no vestiário o capitão Marcão, antes do jogo, em vídeo produzido pela BEC TV.
Ou seja, o que se imaginava.
O Blumenau produziu uma ótima perspectiva.
Deu mostras que pode brigar por algo maior.
É cedo, lógico, o Joinville foi uma decepção, com um futebol limitadísimo.
Só que o BEC fez por onde, mereceu o resultado, que até ficou barato.
O desempenho contra o Carlos Renaux, na grama sintética do Augusto Bauer, domingo (14), às 15h, pode nos dar uma nova projeção.
Metropolitano
Está expirando o prazo de 90 dias da licença médica de Ronei Schultze.
Espera colaborar, no que estiver em seu alcance, nos processos da Recuperação Judicial e da SAF.
Mas garantiu que não volta para a presidência.
Acrescentou algo interessante:
Aspas
O cargo de presidente precisa ser discutido pelo Conselho Deliberativo no sentido de ser remunerado (como no Avaí, por exemplo). Demanda muito tempo e dedicação, o que voluntariamente, se torna impossivel conciliar. Mesmo remunerado não tenho condições de retornar, pois atualmente meus compromissos profissionais exigem muitas viagens. O clube precisa de um presidente que seja full time, ou seja, que não precise conciliar com outros compromissos profissionais. Que possa dar expediente em tempo integral e de forma exclusiva. O planejamento na atual conjuntura do Metropolitano, exigirá muita dedicação e exclusividade.
Razão
Aliás, quem ocupou seu lugar durante os 90 dias também renunciou.
Lucas Zanotto não é mais presidente.
É outro que estava encontrando dificuldades de conciliar o trabalho, de onde vem o seu sustento, com as atribuições e atribulações do CT - as emoções têm limites.
Nesse caso, quem assume é o presidente do Conselho Deliberativo, que deve tocar o barco de maneira protocolar e convocar uma nova eleição, possivelmente para dezembro.
Metrô
Por ora, diante desse quadro, resta ao torcedor apoiar a gurizada.
Domingo (14), às 15h, tem a estreia na Copa SC SUB-18.
Contra o Manchister, em Palhoça.
Com identidade própria, apoiado no Instituto Metropolitano, que conta com a parceria da Secretaria Municipal de Esportes (SME).
BEC
Também domingo, no mesmo horário, na Associação da Amaba, no Badenfurt, enfrenta o Marcílio Dias.
A ideia é jogar no Sesi.
Por enquanto isso não será possível porque o gramado está bem judiado e vem passando por reparos - o próximo jogo em casa na Copa SC adulto é só dia 28 contra o Nação.
Parceria
Sem jogador, sem escolinha, o BEC se viu obrigado a procurar o NFC da Velha Central, afinal todo clube profissional precisa disputar, no mínimo, uma competição de base.
O objetivo, em breve, é andar com as próprias pernas.
Tanto é que foi contratado um profissional para coordenar o trabalho atual.
De fato, não há sentido um clube ter um projeto audacioso, sem passar pela formação, revelação e venda de atletas.
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