Blumenau registra, em 2025, um cenário preocupante no trânsito: já são 14 mortes até o momento, sendo 12 de motociclistas. Isso significa que quase 86% dos casos fatais envolvem condutores de motos.
Na prática, a cada 19 dias um motociclista morre nas ruas da cidade. Para o secretário de Trânsito e Transportes de Blumenau, Fábio Campos, a imprudência é a principal causa dos acidentes fatais.
“A grande maioria foi provocada pela imprudência e pela falta de atenção. Nossa missão é reduzir ao máximo o número de mortes no trânsito, com fiscalização, educação e conscientização. Mas todos devem fazer sua parte para que nenhuma família perca um ente querido no trânsito”, declarou.
O caso mais recente de morte de um motociclista em Blumenau aconteceu há uma semana. Na manhã de segunda-feira (18), Edivan Morais, de 33 anos, morreu após a batida entre duas motos na Rua Dr. Pedro Zimmermann, no bairro Itoupava Central.
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Amigo da vítima, Eduardo Seibel destacou os riscos enfrentados por motociclistas. Segundo ele, qualquer acidente envolvendo motos pode ser fatal.
“Considerando motocicletas, entendo que somos efetivamente o para-choque. Qualquer acidente poderá ser fatal, e o risco é iminente. Precisamos cuidar muito de nós, mas muito mais dos outros, estar com o olhar à frente. Estava buscando comprar uma moto, mas agora desisti”, afirma.
Um vídeo enviado ao AJ Notícias registrou o momento do acidente. Nas imagens, é possível ver que a via estava em obras. Um dos motociclistas realizou uma ultrapassagem passando por um cone de sinalização e acabou atingindo o outro, que seguia no sentido contrário.
Eduardo apontou desafios relacionados à sinalização, mas enfatizou que muitas vezes o comportamento dos motociclistas não é o ideal.
“Não posso generalizar, mas estamos com muitos desafios por falta de sinalização de obras federais, estaduais e municipais. Percebo que a falta de segurança está muito mais nas nossas ações e cuidados que precisamos ter. No geral, vejo que há segurança, mas as pessoas estão muito aceleradas, sempre atrasadas ou buscando atalhos”, opinou.
Em meio à dor pela perda do amigo, Eduardo Seibel lembrou o choque de receber a confirmação da morte de Edivan.
“Infelizmente recebi quatro horas depois da fatalidade, por outro amigo, e validei em veículos de jornalismo para acreditar, mesmo não querendo”, disse.
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