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Evidências

Elas eram visíveis

22/08/2025 às 16h02 Atualizada em 22/08/2025 às 16h20
Por: Emerson Luis
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Fotos: Redes Sociais
Fotos: Redes Sociais

Sinais 

Quase uma semana depois é cômodo chegar aqui e apontar as possíveis falhas que contribuíram para que os times não conquistassem o acesso.

Não sou João Bidu e muito menos Nostradamus, mas alguns alertas foram publicados neste espaço.

Por isso, modestamente, recorro a trechos de postagens feitas nos últimos meses, na tentativa de mostrar que houve, sim, condescendência ou até mesmo omissão na tomada de decisões.  

Elencos

Criticar a eliminação do BEC SAF, por exemplo, é mais simples por conta de todo o glamour e expectativa em torno do projeto.

Já Metropolitano e Mais Sports Brazil prometeram uma equipe humilde, do tamanho do orçamento.

Que certamente foi extrapolado, porque na pré-temporada, chegavam no CT jogadores por atacado.

Mesmo assim, errando, acertando, quebrando a cabeça para pagar as contas, o clube entregou bem mais do que se imaginava. 

12/03

Leandro Mehlich

"Trata-se de um profissional com personalidade. Que cobra muito dos jogadores. E isso, geralmente, não agrada os boleiros. Logo, existe uma tendência de perder o comando do grupo."

Alguém tem dúvida que o vestiário rachou?

Bode expiatório

Não não dá para colocar tudo na conta de Mehlich.

É preciso dividir essa responsabilidade com quem o trouxe e quem montou o elenco. 

Os próprios jogadores precisam ser cobrados.  

Tomaram o empate e a virada em 4 minutos.

E não tiveram capacidade de reação.  

Mea-culpa

Na segunda-feira (18), pressionada, a SAF exibiu a cabeça do técnico nas redes sociais.  

Na quarta (20), confirmou o auxiliar Carlos Corrêa como interino para a Copa SC.

Essa mudança, ou outra, poderia ter sido feita durante a competição, afinal era explícito que não existia evolução.

Leandro Mehlich. Foto: Lucas Rodrigues/BEC

 

Evandro Guimarães

Antes de retomar a cronologia dos avisos, seu trabalho foi positivo.

Criou um padrão de jogo, formou um time disciplinado taticamente, aguerrido.    

Só não entendi suas decisões (ou a falta delas) em Brusque.

Primeiro sacou Rafael - o seu capitão.

Talvez com a justificativa de preservá-lo depois dos pênaltis perdidos.

Entrosamento

De fato, Rafael errou em um momento crucial do confronto de ida. 

Só que a equipe ficou 7 jogos sem perder e 6 sem tomar gol - com Rafael como titular.

No esquema com três zagueiros.

Rafael foi chamado no intervalo do Augusto Bauer por conta da convulsão do volante Matheus Obina.

Nitidamente abatido, mal saiu do chão no segundo gol.

Convicção

Havia cerca de 40 minutos para buscar o empate.

Porém, só mais uma modificação foi feita - Gabriel no lugar de Wilian.

Gabriel e Vitinho quase tiveram torcicolos, já que os cruzamentos pelo alto predominaram.  

O grandão Gustavo seguiu no banco, bem como Danilo Nazaré, meia-atacante - Everton Heleno virou centroavante.

Por mais que olhasse para a casamata e não visse ninguém que poderia mudar a história do jogo, era preciso ao menos tentar alguma coisa.

Evandro Guimarães tirou leite de pedra, mas também tem sua parcela de culpa na eliminação.

Evandro Guimarães e jogadores, entre eles Rafael. Foto: CA Metropoltano

 

11/07

Mata-mata

"O BEC precisa abrir o olho. Pois está sujeito a cruzar com um adversário cascudo, com fome, bem armado e treinado, com espírito de Série B". 

Bingo 

01/08

Plus

"O espírito da segundona, de luta, de imposição, de doação, sempre esteve incorporado nesse grupo cascudo, montado por Carlos Corsini, Mauro Ovelha e Evandro Guimarães.” 

O Metrô embalou e chegou forte na semifinal. 

08/08

Invicto

"Jogar em Brusque é difícil. Não dá para atuar lá dia 16 precisando fazer o resultado. É fundamental abrir vantagem no Sesi." 

Não abriu.  

16/08

Hora da verdade

"Chegou a hora do BEC provar que os gráficos, os números, as estatísticas, as biografias, a minutagem, a ciência...farão a diferença na hora H."

Não fizeram. 

Hora da verdade

"O Metrô vai ter de entrar mais concentrado em Brusque." 

O mental não foi o mesmo.

Tanto é que faltou atenção na marcação e no posicionamento da defesa nos dois gols. 

Sina

Carlos Renaux e Camboriu mereceram subir.

Foram melhores nos dois jogos. 

Só não dá para ignorar um fato histórico.

Basta o Sesi encher.

Os times não rendem, sofrem bloqueios, não fazem o dever de casa. 

Presente

O golpe foi duro.

Ainda dói.

Foi perdida a valiosa chance de manter o público motivado, cheio de ansiedade para a disputa da Serie A.

Futuro

No fim, em um contexto geral, há bem mais pontos positivos do que negativos. 

As famílias voltaram ao Sesi.

Uma nova geração de torcedores apareceu. 

As torcidas produziram festas lindas.  

Recuperamos a dignidade, a identidade, a autoestima, o respeito.

A paixão pelo futebol local renasceu.

 

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Emerson Luis
Sobre o blog/coluna
Jornalista com ampla experiência na cobertura esportiva, Emerson Luis assina uma coluna de opinião dedicada ao esporte no Vale do Itajaí. Com olhar crítico, linguagem direta e paixão pelo que faz, analisa os bastidores, os destaques e os desafios do cenário esportivo regional. Mais do que informar, busca provocar reflexões e valorizar os protagonistas do esporte local.
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