Em Blumenau, a jovem atleta Luana Gabriela Tews de Moura, de 22 anos, transforma dedicação em conquistas e sonhos cada vez maiores. Com um começo promissor logo aos 16 anos e medalhas conquistadas ao longo da carreira, ela mira agora representar o Brasil em competições internacionais, como Mundiais e Olimpíadas.
A relação de Luana com o esporte começou com 11 anos, quando praticava diversas modalidades escolares. O destaque veio aos 14 anos, nos Jogos da Primavera, ao competir no salto em altura. O desempenho chamou a atenção do treinador Daniel Tribess, que a convidou para integrar a equipe de atletismo da AABlu.
No início, ela praticava salto em altura e salto triplo, mas não se identificou. O incentivo do pai foi decisivo para experimentar o salto com vara, modalidade que mudou sua trajetória.
"Comecei praticando salto em altura e salto triplo, mas não gostei muito. Lembro de um dia estar no caminho do treino, e comentei com meu pai que não estava gostando muito das provas que praticava, e ele acabou sugerindo de eu testar o salto com vara. No ano em que iniciei, conquistei a medalha de ouro na Olesc, e finalizei o ano como líder do ranking brasileiro sub-16. Aos 17 anos, Pedro, meu atual treinador, começou a me dar treinos, e desde de então seguimos uma caminhada de muitas lutas e conquistas", recorda.
Recentemente, a atleta representou o Brasil na disputa do Pan-Americano Júnior, que aconteceu no Paraguai. A preparação, porém, foi marcada por dificuldades. Durante as reformas no campo de futebol do Sesi, Luana e o técnico ficaram sem espaço para treinar.
“A minha classificação para o Pan não foi fácil, sinceramente foi uma luta. Quando eu precisava fazer a marca para o pan, começaram as reformas do campo de futebol no Sesi, e não nos autorizaram continuar com os treinos no setor de salto com vara, mesmo que ele não tenha sido removido”, conta.
A solução veio com o apoio do campeão olímpico Thiago Braz, que acolheu Luana em São Paulo para treinar durante três meses. Lá, ela conciliou treinos e competições até conquistar a marca necessária para garantir vaga no Pan.
"O Pan Júnior foi a minha primeira competição em que o Comitê Olímpico estava organizando tudo, e foi a primeira vez que eu realmente senti que a organização estava trabalhando pra dar o melhor para o atleta. Não precisei me preocupar com nada, eu só tinha que treinar, descansar e competir", afirmou a atleta.
Na disputa, Luana alcançou a medalha de bronze. Apesar do pódio, ela deixou a pista com a sensação de que ainda pode ir além.
"Eu estava me sentindo muito muito confiante nesse dia, realmente achei que saltaria acima de 4,05m, que hoje é a minha melhor marca, mas acabou não acontecendo. Saí da competição com o gosto de querer muito mais", disse.
Com uma carreira em ascensão e muito caminho a percorrer, Luana já sabe onde quer chegar. A atleta não esconde a ambição de representar o Brasil nos maiores eventos de atletismo do planeta.
"Meu maior sonho é competir campeonatos mundiais, Diamond Legues e Olimpíadas, ser uma das melhores do Brasil e poder representar o meu país com muito orgulho É a minha maior felicidade poder representar o meu país, eu sinto como se fosse uma honra", ressalta.
Enquanto sonha com os palcos internacionais, a jovem mantém o foco nas competições da reta final de 2025. A atleta encerra a temporada nos Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC), competição que considera especial.
"Para esse ano eu ainda tenho os JASC, a competição mais importante e disputada do estado. Essa será a minha última competição do ano", destaca.
Mín. 16° Máx. 26°