
Nós falamos muito sobre autismo.
E ainda assim…
Seguimos vendo famílias sozinhas em corredores de hospitais, mães exaustas esperando por meses uma terapia, pais desamparados enfrentando uma batalha diária para que seus filhos sejam aceitos nas escolas.
Falamos sobre direitos, mas e a prática?
Falamos de empatia, mas onde ela está quando um autista entra em crise num mercado e recebe olhares de julgamento?
Falamos em inclusão, mas quantas empresas realmente contratam e preparam seus ambientes para receber uma pessoa autista?
A verdade é dura: a inclusão, no Brasil, ainda é majoritariamente um discurso. E não uma decisão.
Em Santa Catarina, quase 20% das pessoas com deficiência são autistas.
Isso não é um dado técnico. É um alerta social.
É uma convocação para o presente.
Já são 1 a cada 30 crianças com diagnóstico de autismo no Brasil — e o número só cresce.
Será que estamos mesmo nos preparando para esse novo cenário?
Como sociedade? Como poder público? Como rede de apoio?
Ou ainda estamos esperando que as famílias enfrentem tudo isso sozinhas?
No Instituto Vinícius Ian, acolhemos diariamente famílias que se sentem isoladas, culpadas, julgadas ou abandonadas.
Pais que perderam amigos depois do diagnóstico do filho.
Mães que não conseguem mais trabalhar porque não têm com quem deixar uma criança que ninguém quer acolher.
Avós que se tornam terapeutas improvisados porque o sistema falhou.
E mesmo assim, seguimos dizendo que somos uma sociedade inclusiva.
Somos ótimos na teoria. No discurso bonito.
Mas, na prática, ainda falta muito.
Falta preparo nas escolas.
Falta treinamento nas empresas.
Falta vontade nos gestores públicos.
Falta estrutura.
Mas principalmente, falta o outro decidir ser parte real da solução.
Porque uma família com autista não precisa só de compaixão. Precisa de atitude.
Precisa de rede. Precisa de investimento. Precisa de vizinhos, amigos, escolas, empresas e governos que não apenas digam “a causa é nobre”, mas perguntem: “como posso ajudar?”.
O autismo não é um desafio só das famílias. É um desafio coletivo.
E se não começarmos a agir como sociedade agora, perderemos a oportunidade de construir um futuro mais justo para todos.
Se você quer fazer parte dessa transformação, o Instituto Vinícius Ian está de portas abertas, seja como parceiro, voluntário, apoiador ou simplesmente alguém que decidiu não mais olhar de longe.
Porque já passou da hora de entender: inclusão não é uma pauta. É um compromisso.
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