Buscar equilíbrio físico, emocional e mental tem levado cada vez mais pessoas a procurarem alternativas de cuidado além dos tratamentos convencionais. Reflexo dessa demanda é o avanço das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) na rede pública, especialmente na região do Médio Vale do Itajaí, onde municípios como Blumenau, Gaspar, Indaial, Timbó e Pomerode vêm incorporando terapias como acupuntura, reiki, auriculoterapia e uso de plantas medicinais no atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Em Blumenau, segundo Tassiana Raquel Gemeli, coordenadora municipal da política de PICS, a cidade oferece práticas integrativas nas unidades de saúde, como yoga, meditação, auriculoterapia, ventosa, reflexologia e ayurveda, além da acupuntura, que é acessada por encaminhamento profissional via sistema SISREG. Das 113 unidades de saúde da cidade, 53 já contam com profissionais capacitados nessas terapias.
“Estamos em processo de implementação e já temos práticas sendo ofertadas também em serviços especializados, como o Centro de Saúde do Idoso e o CAPs AD. Um dos destaques recentes é a horta medicinal no AG Garcia, com mais de 40 tipos de plantas cultivadas e distribuídas à comunidade”, explica Tassiana.
A cidade também iniciou um projeto piloto com acupuntura e auriculoterapia voltado ao tratamento da dor crônica, com perspectiva de expansão para outras regiões.
Já em Gaspar, a Prefeitura iniciou a capacitação de profissionais da rede básica em práticas como Reiki, Shantala, Acupuntura, Do-In e Auriculoterapia. A iniciativa partiu de uma pesquisa realizada pelo secretário de Saúde Arnaldo Munhoz e sua equipe, que revelou pouco conhecimento técnico sobre o tema entre os profissionais. Desde então, oficinas como a de Do-In, que é a técnica de autoacupuntura, foram ministradas em parceria com a FURB. A ideia é promover uma abordagem mais integral e humanizada, especialmente na Atenção Primária.
Em Pomerode, a auriculoterapia tem sido a técnica mais incorporada à rotina das unidades básicas. Aplicada principalmente em grupos de saúde mental, dor crônica e tabagismo, a prática também é usada como complemento para pacientes diabéticos e para quem busca parar de fumar.
“As sessões são feitas por profissionais habilitados e podem ser acessadas por encaminhamento direto nas unidades como Centro, Testo Rega II, Ribeirão Clara e USPAK”, informou a Secretaria de Saúde. Além da auriculoterapia, os pacientes recebem também gomas e adesivos de nicotina, além de acompanhamento médico e farmacêutico.
Já em Indaial, os atendimentos com práticas integrativas vêm sendo ampliados em diversas unidades básicas. Enfermeiras habilitadas realizam auriculoterapia, reiki e ventosas em duas unidades de saúde, que são as UBS Remo Wendorff e Jaqueline Bonetti Bianco.
A cidade de Timbó também entra neste pacote. Por lá, as práticas integrativas ofertadas são dança circular, auriculoterapia, reiki, ventosas e florais, em unidades básicas como as UBS Remo Wendorff e UBS Jaqueline Bonetti Bianco. Também é destaque o grupo de controle de tabagismo, voltado a quem deseja parar de fumar. Os serviços incluem suporte a grupos de tabagismo, além de acompanhamento psicológico e orientação multiprofissional.
✅ Clique aqui para entrar no grupo do AJ Notícias no WhatsApp
As práticas integrativas são reconhecidas pelo Ministério da Saúde como parte das estratégias de promoção da saúde, prevenção de doenças e cuidado integral. Elas propõem uma abordagem mais ampla do processo saúde-doença, considerando os aspectos físicos, emocionais, mentais e sociais do indivíduo.
Servidores recebem metade do 13º e SC ganha impulso na economia
Polícia Civil queima 400 kg de drogas apreendidas em Itapema
Santa Catarina lidera crescimento de marcas de cachaça no Brasil
Mín. 11° Máx. 20°