Santa Catarina registrou, no primeiro semestre de 2025, o segundo maior número de acidentes e o quarto maior índice de mortes nas rodovias federais de todo o país. Segundo dados divulgados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram 3.900 acidentees, com 4.482 mil feridos e 230 mortes entre janeiro e junho. As rodovias mais críticas são justamente aquelas com maior volume médio diário de circulação: a BR-101, BR-282 e BR-470.
Na BR-101, o principal problema está na região da Grande Florianópolis, especialmente entre os km 200 e 210, na área de São José. A rodovia, que deveria ser um corredor rodoviário de alta capacidade, foi “engolida” pelo crescimento urbano. Mães levando filhos à escola, trabalhadores se deslocando entre bairros e entregadores de moto compartilham a pista com veículos em alta velocidade e carretas de até 70 toneladas.
“O que vemos é uma mistura perigosa entre tráfego urbano e rodoviário. A BR virou uma espécie de avenida para muitos moradores, por falta de alternativas de mobilidade. Isso aumenta drasticamente o risco de acidentes”, alerta Alexandre Castilho, membro da equipe de comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Santa Catarina.
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Em outro cenário, a BR-282, especialmente em Palhoça e Santo Amaro da Imperatriz, e a BR-470, passando por Blumenau, Gaspar e Indaial, no Vale do Itajaí, enfrentam o problema oposto: a falta de duplicação. Com pistas simples na maior parte do trajeto, essas rodovias registram altos índices de batidas de frente, o tipo de acidente mais letal.
A PRF tem intensificado operações específicas para reduzir esses casos, reforçando a sinalização dos trechos mais críticos e atuando com base em mapeamentos detalhados. “Os dados históricos nos permitem identificar os pontos mais perigosos e agir com mais precisão”, afirma Castilho.
A atuação da PRF vai além da repressão. Além da fiscalização constante de condutas de risco como, por exemplo, o excesso de velocidade, alcoolemia, falta de cinto e sobrepeso, a corporação também investe em educação e conscientização. Campanhas educativas são realizadas frequentemente em parceria com prefeituras e órgãos estaduais, com o objetivo de mudar comportamentos e salvar vidas.
“Nosso trabalho é integrado. Fiscalizamos, educamos, usamos tecnologia e nos articulamos com outras instituições para reduzir os acidentes e suas consequências”.
Minas Gerais é o estado com o maior número de acidentes e feridos no trânsito, totalizando 4.443 acidentes, 5.533 feridos e 389 mortes. No ranking de mortes, Santa Catarina ocupa a quarta posição, ficando atrás de Minas Gerais, Paraná (302 mortes) e Bahia (282 mortes), respectivamente.
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