Uma aposentada de Blumenau foi vítima de um golpe conhecido como "chupa-cabra". A fraude usa dispositivos e alterações feitas em caixas eletrônicos com o objetivo de roubar dados de cartões, permitindo a clonagem e o saque do dinheiro. O caso mais recente ocorreu no último domingo (8), em uma agência bancária do bairro Itoupava Norte.
A vítima, uma mulher de 62 anos, contou que faria um saque de rotina.
“Recebi o salário na sexta-feira (6), mas como não consegui ir ao banco durante a semana, decidi ir no domingo. Eu só queria sacar um valor mais baixo, como costumo fazer, para ter dinheiro em espécie, pois não gosto de Pix”, contou.
A mulher foi levada até a agência pelo filho. Ela entrou sozinha no local, onde encontrou uma mulher aparentemente tentando usar outro caixa eletrônico. “Não vi nada de diferente no equipamento e inseri o cartão normalmente e do nada ele foi sugado e ficou retido”, lembra.
Naquele momento, sem celular e nervosa diante da situação, a vítima foi "ajudada" por uma outra mulher que já estava no local. A desconhecida ofereceu seu celular e discou para um número 0800 colado no próprio caixa eletrônico – número esse que, mais tarde, foi confirmado ser falso.
O suposto atendente do outro lado da linha se identificou como funcionário do banco, pediu dados pessoais da vítima, confirmou sua vestimenta e até solicitou que ela desse “sete passos para a direita” para, segundo ele, identificá-la pelas câmeras. A mulher, assustada, seguiu as instruções.
A falsa ligação terminou com a promessa de que o cartão estaria disponível para retirada na agência na manhã seguinte. A mulher que emprestou o telefone deixou o local logo após a vítima. Ao retornar ao carro e relatar o ocorrido ao filho, ele desconfiou da situação e correu com a mãe para casa.
“Quando abriram o aplicativo no meu celular, o saque já tinha sido feito. Levaram R$ 1.420 em espécie. Só deixaram R$ 8 na conta”. A vítima não lembra de ter informado sua senha, mas admite que, nervosa, pode ter feito isso sem perceber durante a conversa com o falso atendente.
A família retornou à agência e procurou por pistas ou pela mulher que havia “ajudado”, mas sem sucesso. Segundo a vítima, tudo indica que ela fazia parte do esquema. Ao tentar ligar para a Polícia Militar ainda dentro do banco, se depararam com outro obstáculo: o telefone não completava chamadas, o que levantou suspeitas de que um bloqueador de sinal teria sido instalado no local.
Após sair da agência, conseguiram falar com a polícia e registrar a ocorrência. "O policial que atendeu o caso confirmou que aquele era o quarto golpe semelhante registrado na mesma agência só neste ano".
A vítima conversou nesta segunda-feira (9) com a gerência do banco, que fez as trocas de senhas e cartões, além de garantir que o valor será ressarcido até nesta sexta-feira (13).
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O delegado Bruno Fernando explica que a recomendação é de que o caixa eletrônico seja usado dentro do horário de expediente do banco.
"Dentro desse horário o cliente consegue fazer o acionamento do servidor no mesmo momento. Também é mais comum a colocação de dispositivos em horários que não há o funcionamento da agência. Outra orientação é analisar a máquina e tentar observar se há algo estranho nela. Nem sempre é possível perceber, mas é preciso prestar atenção".
O delegado comenta que neste tipo de golpe é muito comum que haja um telefone de contato, algum adesivo do 0800 colado no caixa ou então que no momento do saque apareça uma pessoa "para auxiliar". Conforme o delegado, a prevenção é não aceitar ajuda de terceiros.
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