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Todos os olhos no Senado

Confira o comentário desta quarta-feira (4).

04/06/2025 às 09h30 Atualizada em 04/06/2025 às 09h38
Por: Redação
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Foto: Senado/Reprodução
Foto: Senado/Reprodução

Desde que foi derrotado por Lula da Silva na reeleição, Jair Bolsonaro bate na tecla da eleição ao Senado, deixando claro que ela é mais importante do que a própria disputa pelos governos estaduais. E isso vem se sucedendo entre as lideranças liberais nos últimos dois anos.
E o que impressiona é que só agora o PT resolveu acordar para essa situação em particular. Sim, nós teremos, em 2026, a renovação de dois terços do Senado. Cada estado elegerá dois senadores.
A renovação será de 54 dos 81. Lá, só ficarão 27. No último pleito, a vitória das candidaturas liberais ao Senado já foi expressiva.
Daqueles que vão continuar, o PL tem mais do que o dobro do PT. Os conservadores, igualmente, mais do que o dobro dos esquerdistas na Câmara Alta.

Sempre ele

Semana passada, ele, o super Zé, José Dirceu, deu uma declaração, em meio a uma entrevista, destacando que a eleição ao Senado é fundamental, sob pena de a direita colocar em risco as instituições democráticas, a própria democracia. Qual democracia, cara-pálida, a norte-americana? Porque por aqui não temos democracia plena faz tempo.

Entrelinhas

Ele, mais sutil, não falou no Supremo, até porque foi condenado por essa Casa em duas oportunidades.

Pretéritos

O STF confirmou as suas condenações no Mensalão e no Petrolão. Depois, houve aquela gambiarra patrocinada por Edson Fachin para descondenar, libertar e restabelecer os direitos políticos de Lula da Silva.

Trem da alegria

Entre os beneficiados, evidentemente, estava Zé Dirceu. Vale resgatar que o super Zé sempre foi o formulador do PT, tanto é que presidiu o partido por longo período.

Ponto de virada

Foi ele quem sempre esteve ancorando as candidaturas de Lula à presidência. Em 1989, 1994, 1998, as três mal-sucedidas, a ponto de, em 2002, Lula ter dado o recado:
Ou viabilizam, efetivamente, um processo político-partidário-eleitoral com reais perspectivas de vitória, ou ele estaria fora.

Mineirice

O desejo de Lula foi atendido por Zé Dirceu. À época, ele era o presidente do partido, viajou o país; o PT tinha elegido, em 2000 — e já em 1996, mas principalmente em 2000 — um grande número de prefeitos.

Tripé

Aqui em Santa Catarina, José Fritsch em Chapecó, Décio Lima em Blumenau e Décio Góes em Criciúma. Só para exemplificar — e a começar por Marta Suplicy, na maior capital da América Latina, São Paulo. A partir daí, sabe-se muito bem o que foi feito.

Custo PT

A arrecadação de fundos, aquela coisa toda, para bancar Duda Mendonça como marqueteiro e para viabilizar o processo eleitoral, sob o aspecto logístico e operacional. Os últimos complementos foram, claro, trazer o empresário Zé Alencar, de Minas Gerais, para vice. Foi uma forma de dar uma envernizada, mais moderada, na figura de Lula da Silva.

Alerta

Agora, precisou Zé falar na semana passada para que, no domingo, participando da convenção nacional do PSB, em Recife, em Pernambuco, Lula viesse a falar da importância da eleição ao Senado.
Ou seja, ele segue a cartilha de Zé Dirceu. Não se encontram em público, mas, nos bastidores, é tudo via Zé Dirceu.

Consórcio

Só que o atual inquilino do Planalto foi além, dizendo que isso é importante porque se faz necessário “proteger” o Supremo Tribunal Federal, que seria a garantia do processo democrático brasileiro. Um STF quase todo indicado por ele, Lula, e sua poste, Dilma. São realmente incríveis, notáveis, heroicos guardiões da democracia. Sem dúvidas!

Madeira dura

Lula nunca passou de um grande cara-de-pau, mas aproveitou para fazer a defesa de Alexandre de Moraes em relação às sanções dos Estados Unidos — e atacou o governo e o presidente Donald Trump.

Sutilulezas

Ou seja, temos na presidência um verdadeiro macaco numa loja de cristais. Isso que é Lula da Silva. Pergunta-se: se, efetivamente, a prioridade for o Senado, qual o reflexo objetivo aqui em Santa Catarina?

Ser ou não ser?

Décio Lima, amigo, correligionário e compadre de Lula, então, não iria para a terceira disputa consecutiva ao governo e poderia concorrer a uma das duas vagas ao Senado, já que continua sendo o nome de maior penetração eleitoral — por mais que limitada — do PT catarinense? Com a palavra, o PT estadual.



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Prisco Paraíso
Sobre o blog/coluna
Com mais de quatro décadas de experiência no jornalismo político, Prisco já passou pelos principais veículos de comunicação de Santa Catarina. Atuou como repórter, colunista e comentarista em rádio, TV e jornais. Hoje, assina sua coluna também no AJ Notícias com análises precisas e bastidores da política catarinense.
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