Isenção de IRPF para até R$ 5 mil pode dobrar número de beneficiados

07/12/2024 às 18h11 Atualizada em 07/12/2024 às 21h11

Por: Tom

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O número de trabalhadores com carteira assinada que estarão isentos do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) deve dobrar até 2026, quando se espera que entre em vigor a faixa de isenção para quem recebe até R$ 5 mil, conforme prometido pelo governo federal na “reforma da renda” que será discutida no Congresso Nacional no próximo ano.

A projeção de beneficiados vem do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que forneceu os dados à Agência Brasil. Atualmente, cerca de 10 milhões de pessoas estão isentas do pagamento do imposto. Com a proposta, a faixa de isenção passará dos atuais R$ 2.824 (equivalente a dois salários mínimos) para R$ 5 mil, o que incluirá mais 10 milhões de trabalhadores na isenção.

Essa medida de isenção beneficiará os trabalhadores com rendimentos mais baixos e também abrangerá assalariados da classe média em outras faixas de renda. "Entre aqueles que ganham de R$ 5 mil a R$ 7,5 mil, também haverá um impacto positivo com a redução dos tributos, o que afeta cerca de 16 milhões de pessoas", estima Mariel Angeli Lopes, supervisora técnica do Dieese no Distrito Federal.

Crescimento econômico

Os dados do Dieese diferem dos estimados pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco). Em um estudo realizado em setembro, a Unafisco apontou um número maior de beneficiados, estimando que 30,6 milhões de contribuintes ficariam isentos se a tabela de tributação fosse atualizada com a correção integral da inflação. Nesse cenário, o limite de isenção seria um pouco maior que o proposto pelo governo, de R$ 5.084,04.

A Unafisco está atualizando esses números para dezembro, mas já prevê que a liberação do IRPF injetará R$ 50 bilhões na economia dos trabalhadores, impulsionando o consumo e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo Mauro Silva, presidente da associação, 65% do PIB brasileiro provém do consumo das famílias.

Via Agência Brasil, editado por Redação

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