O caso dos quatro jovens que morreram dentro de uma BMW estacionada no Terminal Rodoviário de Balneário Camboriú, no litoral Norte do Estado, continua cercado por dúvidas. De acordo com informações da Polícia Civil, a provável causa da morte foi uma intoxicação por monóxido de carbono, já que a perícia informou que não haviam sinais de violência nos corpos, entretanto, a investigação para esclarecer o caso continua.
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O delegado responsável pela investigação, Bruno Effori, informou que nenhuma linha de investigação será descartada. "Não vamos descartar a possibilidade de outras linhas de investigação se de outras provas nós tomamos conhecimento, apesar de que o IML já informou que não há sinais de violência nos corpos das vítimas, o que descartaria, neste primeiro momento, uma morte violenta", disse.
Em entrevista ao apresentador Alexandre José, no programa Tribuna do Povo, na NDTV, o mecânico Eduardo Josefowicz, da Duca Imports, especialista em BMW, disse que o veículo é um modelo novo e que a entrada de monóxido de carbono no interior do carro só é possível se o automóvel passou por alguma alteração.
"É um carro extremamente atual e o que nos causa estranheza é se realmente a causa apontada, o monóxido de carbono para dentro do carro, de que maneira isso entrou no veículo. Porque o automóvel é construído pela montadora de uma maneira que é impossível o monóxido de carbono entrar dentro do carro, seja com ele andando ou parado", disse.
Ele ainda disse que, pelo que tem acompanhado por reportagens, houve uma alteração no escapamento do carro para mudar o ronco do motor. "Pelo que nós vimos nas reportagens houve uma alteração do que a gente chama de cofre do motor para o sistema de ar condicionado, que permitiria os gases formados no cofre do motor entrar no veículo. Se houve essa alteração, se fizeram um orifício para entrada de alguma fiação elétrica para comandar essa alteração no escapamento, que normalmente é feita no centro do veículo, no meio do escapamento, não dá para entender onde a empresa que fez essa perfuração, se é que realmente isso ocorreu, onde ela perfurou para isso adentrar ao sistema do ar-condicionado para causar asfixia dos ocupantes, porque originalmente é impossível disso acontecer", explicou.
Sobre o vídeo que circula pelas redes sociais, que mostra o funcionamento do veículo, o mecânico ainda disse que "parece um adaptação onde foi removido o catalisador e sem a fixação correta na saída da turbina".
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