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A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) decidiu por unanimidade reconhecer o apelo do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e aumentou a pena de Claudinei Tizon, de 42 anos, condenado por assassinar a própria filha, Géssica Dias Tizon, de 20 anos, e tentar matar a ex-esposa, bem como os pais e o irmão dela (seus ex-sogros e ex-cunhado) em Rodeio.
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Em julgamento realizado no dia 23 de agosto, Claudinei foi condenado a 43 anos, 3 meses e 6 dias de prisão. A nova pena passou para 67 anos, 4 meses e 24 dias de reclusão e mais 5 meses e 12 dias de detenção em regime inicial fechado.
A Promotora de Justiça Cristina Nakos, da Promotoria de Justiça da Comarca de Ascurra, porém, sustentou que o Juiz, ao acolher a deliberação do Conselho de Sentença, julgou procedente em parte a denúncia na condenação, não tendo sido considerada a conduta social do condenado, sua culpabilidade e as circunstâncias e consequências dos crimes.
O MPSC pediu a aplicação de mais um quarto de pena no que diz respeito a conduta social do réu e metade pelas circunstâncias dos crimes. Pelo homicídio que o réu praticou contra a filha, solicitou para aplicar mais um quarto pela culpabilidade e um terço pelas consequências do assassinato.
A reforma da sentença condena Claudinei por tentativa de homicídio na qualificadora de traição, emboscada ou recurso que dificultou a defesa da vítima por duas vezes, tentativa de homicídio por recurso que dificultou a defesa da vítima, contra mulher, e no contexto de violência doméstica, homicídio com as qualificadoras de motivo fútil, recurso que dificultou a defesa do ofendido, contra mulher no contexto de violência doméstica, lesão corporal e em razão de crime hediondo.
O fato aconteceu no dia 12 de abril do último ano, no bairro Rio Belo, em Rodeio, quando o homem, armado com uma carabina artesanal calibre 22, uma faca tática e uma faca de cozinha grande, se dirigiu até a residência da família da ex-mulher.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, Géssica levou quatro facadas e morreu no local. Já a ex-mulher do suspeito foi encaminhada em estado grave ao Hospital Oase, em Timbó. Ele também esfaqueou e feriu seu ex-sogro, de 61 anos, a ex-sogra, de 56 anos, e o ex-cunhado, de 34 anos. Todos foram encaminhados a hospitais da região.
Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o relacionamento do casal, que já vivia há aproximadamente 23 anos em união estável, sempre foi permeado por atitudes violentas praticadas pelo réu. Cansada da situação, a mulher procurou a polícia e pediu uma medida protetiva contra o agressor, mas antes mesmo de ser intimado, o homem teria decidido matar a companheira e quem tentasse impedi-lo.
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