Nas rodovias, carretas e caminhões dominam. É por esses veículos que passa grande parte da produção do país. Só que quem trabalha com transporte está sentindo no bolso o aumento constante do preço do diesel.
A partir desta terça-feira (10) o diesel está R$ 0,40 mais caro. O anúncio do aumento foi feito na segunda-feira (9) pela Petrobras que reajustou o diesel em 8,8% nas refinarias. O aumento ocorre menos de dois meses depois da última alta, em 11 de março, quando o litro do combustível ficou 90 centavos mais caro. Desde o início do ano a alta já é 47%. Os valores cobrados pela gasolina e GLP foram mantidos.
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Edinei Gionavi Pereira, tem três caminhões que fazem frete em Blumenau. O transportador está aflito com mais este novo aumento no preço do diesel. "Vai aumentar tudo. Teve vários aumentos e a gente não repassou. É não é só o combustível, é pneu, é óleo, é manutenção. Já penso em vender os caminhões porque não dá mais. A gente paga para trabalhar praticamente", disse Pereira.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Santa Catarina, Osmar Ricardo Labes, analisa esse momento com apreensão. Já que não tem como reajustar a tabela do frete constantemente, por causa dos contratos assinados.
O aumento do diesel interfere também nas oficinas mecânicas. "Quanto mais caro fica o diesel, mais difícil fica para os caminhoneiros autônomos, porque daí não conseguem fazer a manutenção do caminhão", disse o mecânico de Blumenau Jean Carlos Patrício João.
Em Santa Catarina a frota de caminhões de pequeno, médio e grande porte supera os 220 mil veículos, segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Para encher dois tanques de 500 litros de uma carreta o caminhoneiro vai ter que tirar do bolso em média R$ 6.890,00, com o preço do litro saindo por R$ 6,89.
Dependendo da carga, o valor do combustível corresponde a 40% do valor cobrado pelo frete. E inevitavelmente essa conta será repassada para o consumidor.
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