MotoGP desembarca na Holanda com Marc Márquez dominante e clima de revanche no ar

A MotoGP volta às pistas neste final de semana e o palco da vez é um dos mais icônicos do calendário: o Circuito de Assen, na Holanda — conhecido como a “Catedral do Motociclismo”. E se o nome já remete à história, o que temos em 2025 é um verdadeiro espetáculo sobre duas rodas, com disputas intensas entre os irmãos Márquez e a pressão cada vez maior sobre Pecco Bagnaia.

Um templo da velocidade

O traçado holandês é rápido, fluido e técnico. São 4,5 km com curvas de alta, freadas fortes e poucas retas, o que exige muito da habilidade dos pilotos e do acerto das motos. Aqui, consistência e leitura de prova fazem a diferença — e é exatamente por isso que o líder do campeonato, Marc Márquez, chega como favorito.

Márquez vem de vitória em Mugello, sua terceira em sequência, e lidera o campeonato com autoridade. Ele pilotando a Ducati de fábrica parece ter reencontrado o auge da forma, e tudo indica que será o homem a ser batido na catedral holandesa.

Alex Márquez quer brigar de igual pra igual

Do outro lado da garagem (ou melhor, da pista), Alex Márquez chega como vice-líder da temporada, empolgado com seu desempenho e buscando sua primeira vitória no ano. Com uma moto de 2024 pela equipe Gresini, ele já demonstrou que pode brigar no ritmo — mas precisa dar o próximo passo: vencer.

Pressão total em cima de Pecco

Pecco Bagnaia, atual bicampeão da MotoGP, vive um momento de pressão. Após perder pódios importantes e desempenho instável, ele viu a torcida italiana duvidar de sua força mesmo correndo em casa, em Mugello. Agora, precisa urgentemente mostrar serviço. E se não vencer, pelo menos precisa provar que ainda é capaz de lutar de igual para igual com os irmãos Márquez. Os bastidores já apontam que Alex pode herdar a vaga na equipe oficial em 2026, caso Pecco não reaja.

Outras equipes vêm forte

A Aprilia e a Honda seguem crescendo etapa após etapa. As motos estão mais competitivas, e nomes como Viñales, Espargaró e Joan Mir vêm colhendo bons resultados com boas estratégias e ritmo consistente.
Fiquem atentos também à Yamaha, que mesmo ainda atrás no acerto geral, pode surpreender em pistas de alta aderência como Assen.

Programação e horários – GP da Holanda (Assen)

Sexta-feira (27/06)
•⁠  ⁠Treinos livres (Moto3, Moto2 e MotoGP) – A partir das 04h00 (horário de Brasília)

Sábado (28/06)
•⁠  ⁠Classificação – A partir das 05h35
•⁠  ⁠Corrida Sprint (MotoGP) – 10h00

Domingo (29/06)
•⁠  ⁠Corrida Moto3 – 06h00
•⁠  ⁠Corrida Moto2 – 07h15
•⁠  ⁠Corrida MotoGP – 09h00

*Transmissão ao *vivo: ESPN (TV fechada) e Star+ (streaming oficial)

Diogo Moreira segue voando na Moto2

O brasileiro Diogo Moreira chega com moral para Assen. Após conquistar duas poles consecutivas e um segundo lugar incrível na Catalunha, o piloto da Italtrans Racing Team está em 3º lugar no campeonato de pilotos e promete incomodar ainda mais os líderes.
Em Mugello, ficou em 4º lugar, e a expectativa é de que consiga mais um pódio — ou até mesmo sua primeira vitória na Moto2.

Opinião

Marc Márquez está em sua melhor fase desde 2019. Pilotando com confiança e sem dores, ele mostra que ainda é o “Formiga Atômica” de sempre. Sua adaptação à Ducati foi perfeita, e sua postura em pista lembra os velhos tempos de domínio. Hoje, é o favorito absoluto ao título de 2025.

Alex Márquez, por sua vez, vive a melhor fase da carreira. Tem ritmo, consistência e confiança. Mas precisa urgentemente vencer. Caso contrário, pode acabar sendo visto apenas como “o irmão que chega em segundo”.

A situação mais desconfortável é de Pecco Bagnaia. Se não mostrar força nas próximas etapas, pode perder prestígio dentro da equipe e, no fim da temporada, também seu assento. Em uma categoria tão mental quanto a MotoGP, pressão é um fator que pesa — e muito.

Entre as fábricas, a Ducati continua soberana, mas a Aprilia e a Honda podem atrapalhar a festa vermelha em algumas pistas. E é bom que atrapalhem mesmo, porque o público agradece pela emoção.

Na Moto2, seguimos com otimismo. Diogo Moreira é um talento real, e o Brasil precisa se acostumar com a ideia de vê-lo na MotoGP em um futuro bem próximo.

Nos vemos na próxima prova.

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