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Autor catarinense lança livro sobre a dualidade da inteligência artificial

Com uma linguagem acessível para todos os públicos, a obra propõe reflexões provocativas sobre o duplo potencial da IA, que pode atuar como força de transformação positiva ou representar uma ameaça para a sociedade

04/06/2025 às 18h53 Atualizada em 04/06/2025 às 19h03
Por: Gustavo Siqueira
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Professor e pesquisador Paulo Roberto Córdova lança obra sobre IA. Divulgação
Professor e pesquisador Paulo Roberto Córdova lança obra sobre IA. Divulgação

A inteligência artificial já não é mais uma questão futurística. Ela está aqui, agora, em nossos celulares, nas redes sociais, nos serviços de streaming, nas rotas sugeridas por aplicativos, ditando o conteúdo que consumimos, influenciando nossas decisões de compra e, muitas vezes, moldando nossas próprias opiniões sem que percebamos. 

E, pela primeira vez na história da humanidade, dividimos o mundo com uma entidade capaz de rivalizar e, em alguns casos, até superar nossas capacidades cognitivas. Mas será que realmente compreendemos o que ela é e como está transformando nossas vidas?

É a partir desse cenário cada vez mais presente e invisível que o professor e pesquisador Paulo Roberto Córdova lança o livro Inteligência Artificial: entre o fascínio e o medo pela Editora Contexto, que convida a uma reflexão crítica sobre a IA. A obra, publicada em um momento crítico de avanço tecnológico, percorre desde a história da computação até os algoritmos atuais, relacionando avanços técnicos aos desafios humanos contemporâneos.

Ameaças e oportunidades da IA

Com base em anos de pesquisa e atuação na intersecção entre tecnologia e educação, Córdova — doutor em Informática na Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e professor no Instituto Federal de Santa Catarina — escreve de maneira acessível e provocativa, explorando as ameaças e oportunidades desse novo paradigma. 

“A inteligência artificial já nos conhece tão bem, que é capaz de nos proporcionar experiências altamente personalizadas, capazes de nos prender por horas, de formas perigosamente viciantes. Mas será que nós a conhecemos tão bem assim? ”, questiona o autor.

Ao longo do livro, o leitor é guiado por uma narrativa que combina história, ciência e filosofia, resgatando os marcos do desenvolvimento desse recurso tecnológico e questionando seus impactos sobre direitos humanos, ecossistemas e meio ambiente. Mais do que explicar como funcionam essas tecnologias, Córdova aborda o tema do ponto de vista humanístico. 

“A natureza da IA revela muito sobre a natureza humana. Ela foi criada, mesmo que acidentalmente, à nossa imagem e semelhança. Isso permite deduzir que, se ela aprende conosco, vai reproduzir não só nossas qualidades, mas também nossos defeitos mais sombrios, refletindo casos reais de discriminação racial e de gênero em algoritmos que influenciam desde processos seletivos até concessão de crédito”, explica o professor.

Um exemplo disso citado no livro é o caso da Amazon, que parou de utilizar uma inteligência artificial criada pela companhia para encontrar bons candidatos a vagas de emprego após perceber que a ferramenta atribuía notas mais baixas a currículos de mulheres para cargos técnicos na área de TI, reproduzindo um padrão de contratações predominantemente masculinas na área de tecnologia.

Mitos e verdades

O livro procura, também, desconstruir mitos sobre um futuro apocalíptico dominado por máquinas para focar nas questões práticas e filosóficas realmente pertinentes: como reconhecer a presença da IA em nosso cotidiano, compreender seu funcionamento, avaliar seu impacto nas relações sociais e prever os caminhos possíveis para uma convivência equilibrada com a tecnologia. 

“Entre a fascinação e o medo, há uma história que precisa ser contada”, afirma o autor, que propõe uma jornada de reflexão sobre os riscos reais e as extraordinárias possibilidades que a inteligência artificial representa para o futuro da humanidade.

A obra se destaca ainda por oferecer uma visão equilibrada, sem ceder nem ao entusiasmo cego e ingênuo pelas promessas da tecnologia, nem ao catastrofismo irracional da ficção científica. O autor apresenta temas complexos e verdades incômodas, combinando rigor científico com uma narrativa envolvente e fácil de entender.

“Inteligência Artificial: entre o fascínio e o medo” já está disponível para compra pelo site da Editora Contexto e pela Amazon e é uma leitura recomendada para quem deseja entender como a IA realmente funciona e qual é o seu impacto concreto na sociedade contemporânea. Seja o leitor um educador, estudante, gestor, entusiasta da tecnologia ou apenas alguém curioso sobre o tema, o livro oferece uma leitura instigante e transformadora.

"Mais do que um manual técnico ou uma distopia pop, é uma obra que nos ajuda a pensar sobre o tempo em que vivemos e o futuro que estamos construindo — com a IA, mas também com ética, consciência e humanidade”, encerra Córdova.

LANÇAMENTO

Local: Livraria Selva Literária

Av. Barão do Rio Branco, 198 — sala 20 — Centro
Caçador–SC | CEP 89500-148
Data: 31 de maio (sábado)
Hora: 10h

SOBRE O AUTOR

Paulo Roberto Córdova é professor no Instituto Federal de Santa Catarina, doutor em Informática na Educação e pesquisador dedicado às intersecções entre inteligência artificial, ética e educação. Com sólida trajetória na formação de profissionais, Córdova se destaca por sua habilidade de traduzir complexidades técnicas em reflexões acessíveis e profundamente conectadas aos dilemas contemporâneos da sociedade. 

 

 

Foto

 

 

Obra: Inteligência Artificial: entre o fascínio e o medo

Autor: Paulo Roberto Córdova

Editora: Contexto

Disponível nas maiores livrarias físicas e online

Editora Contexto.

Amazon

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Gustavo Siqueira
Sobre o blog/coluna
Com mais de 26 anos de trajetória na comunicação em Santa Catarina, Gustavo Siqueira é jornalista, colunista e entrevistador com passagens marcantes pela TV, imprensa escrita e rádio. Natural de Blumenau, iniciou sua carreira aos 11 anos escrevendo crônicas para o Jornal de Santa Catarina e, desde então, já entrevistou nomes como Pelé, Dercy Gonçalves, Cláudia Leitte e Jorge Amado — em produções que vão de aldeias indígenas da Amazônia à sede da ONU.

Reconhecido por valorizar talentos locais e novos nomes da comunicação, coleciona prêmios nacionais e internacionais por sua atuação na imprensa e na promoção da sustentabilidade.
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