Justiça aceita denúncia contra homem acusado de ataque em creche de Blumenau

Nesta terça-feira (18), a 2ª Vara Criminal e Blumenau recebeu a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) contra o homem que atacou a creche Cantinho Bom Pastor de Blumenau. O atentado aconteceu no dia 5 de abril e deixou quatro crianças mortas e outras cinco feridas.

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O homem continua preso e vai responder por quatro homicídios consumados e por outros cinco tentados, todos eles quadruplamente qualificados. De acordo com o juízo local, a denúncia foi recebida por conta da existência de prova conforme as declarações do próprio suspeito, além de demais elementos que foram anexados ao processo investigatório.

Com o recebimento da denúncia pelos crimes, o homem tem prazo de dez dias para apresentar defesa por escrito, por meio de advogado, ou então, de 20 dias, no caso de defensor público.

Após essa etapa, ainda terá início a instrução da ação penal, com escuta das testemunhas e do próprio acusado. Conforme explica a 2ª Vara Criminal de Blumenau, somente ao final desses trâmites será feito o julgamento pelo Tribunal do Júri. Por conta da presença de menores, o processo tramita sob sigilo.

Sequência no dia do crime

A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu a investigação do ataque à creche. Em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (17), as autoridades detalharam os depoimentos do autor e voltaram a afirmar que o assassino agiu sozinho e que não há motivação de novos ataques.

As câmeras mostram o assassino se deslocando de casa às 8h03, sentido às escolas no bairro Escola Agrícola, que seriam os alvos iniciais para o ataque. Ele conta que o muro era alto e, por isso, desistiu.

A rota do crime mostra o rapaz saindo da rua onde ficam o centros educacionais e indo até à academia, localizada na Itoupava Seca. Lá ele realiza os exercícios físicos e até paga a mensalidade da academia antes de ir até à creche Cantinho Bom Pastor.

Conforme explica a Polícia, a dinâmica do crime foi: Casa; Tentativa de entrar nas escolas no bairro Escola Agrícola; Academia; Creche Cantinho Bom Pastor, em que permaneceu por 20 segundos e matou quatro crianças; Posto de combustível, onde compra uma água e um cigarro; Batalhão da Polícia Militar, hora em que se entrega.

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