Na última semana a Petrobras reajustou o preço da gasolina, do diesel e também do gás de cozinha. Que passou de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo nas distribuidoras, um aumento de 16,1%. Esta elevação já pesou no bolso das famílias que precisam deste item essencial para cozinhar.
Em Blumenau o botijão de 13 kg está sendo comercializado por R$ 140,00 depois do aumento. O que corresponde a 11,55% do salário mínimo de R$ 1.212,00 do trabalhador.
A revendedora de gás, Sabrina Pereira da Silva, sentiu uma queda de 30% nas vendas no último mês do botijão de 13 kg usado pela maioria das famílias. "Eles reclamam do preço, mas eles entendem que não é gente. Acaba comprando porque não tem outra opção", diz Sabrina.
Já o comerciante, Francisco Alécio, de Blumenau, está parcelando em duas vezes a venda do botijão. "Na história nunca houve um aumento tão agressivo. A gente está vivendo uma gangorra, antes era reajustado uma vez por ano. Agora que mudou a política de preço a gente se sente inseguro", comenta Francisco.
O economista, Ralf Marcos Ehmke, explica que as famílias de baixa renda irão sentir mais no bolso este aumento. "A médio prazo para as famílias de baixa renda a situação não é das melhores. O aumento do custo do barril de petróleo já vem aumentando nos últimos anos em função do desestímulo para novos investimentos em extração de petróleo nos EUA que estimula outras formas de energia mas não alcançamos ainda esse estágio de substituição. A situação se agravou ainda mais agora pelo conflito Rússia e Ucrânia. Isso afeta toda a cadeia de derivados do petróleo", comenta o economista.
A Petrobras anunciou na última semana os novos reajustes dos preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras. Com o reajuste, o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passou de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro - um aumento de 18,77%. Para o diesel, o preço médio de venda para as distribuidoras subiu de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro.
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