A investigação da trágica morte do morador de rua Geovane Ferreira da Silva de Oliveira, 29 anos, ocorrida há uma semana, na última sexta-feira (3), teve mais um desdobramento importante nesta sexta-feira (10). A Polícia Civil de Blumenau, por meio da Divisão de Investigação Criminal (DIC), concluiu que o autor do crime, após uma discussão inicial com o morador de rua, foi até em casa e retornou ao mercado para matar o homem.
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Conforme a Polícia Civil, a partir dos depoimentos das testemunhas e da análise das imagens de videomonitoramento do mercado, nota-se que o autor e a vítima se encontram em dois momentos distintos naquela tarde, sendo o primeiro parcialmente captado pelas câmeras localizadas no estabelecimento e que estavam em funcionamento.
Ainda segundo a polícia, neste primeiro momento não houve registro em imagens de discussão, xingamentos, ameaças ou agressões entre as partes. Entretanto, o delegado responsável pela investigação, Bruno Fernando, informa que testemunhas ouvidas pela Polícia Civil afirmaram que conversaram com a vítima após ela ter sido agredida por uma barra de ferro (parte de um carrinho de criança) pelo suspeito, inclusive, uma delas afirmou ter presenciado as agressões.
"Elas narram que a vítima teria motivado a violência sofrida em razão da oferta de uma paçoca para a filha do autor. A vítima contou à testemunha que houve xingamentos e ameaças recíprocas, e de que o suspeito havia prometido retornar. Por conta disso, a vítima iria até se prevenir, buscando uma faca. Já o autor seguiu em direção a sua casa", detalha o delegado, esclarecendo que apenas uma faca foi encontrada no local do crime, a utilizada pelo autor.
Em um segundo momento, câmeras flagraram o autor entrando no prédio em que mora e saindo logo em seguida carregando um carrinho de compras contendo, no bolso externo, um objeto semelhante a faca utilizada no crime.
Ainda segundo o delegado, o suspeito seguiu em direção ao supermercado e, mesmo podendo utilizar-se de outra entrada para acessar o estabelecimento, vai em direção a entrada onde está a vítima. "Ele coloca a criança no solo, se aproxima da vítima que está agachada e, imediatamente, iniciam-se as agressões com a faca que trouxe consigo de casa", aponta Bruno, informando que, diante de todos os elementos informativos angariados, "infere-se que o autor, após uma discussão sobre a oferta de uma paçoca, retorna ao local para matar a vítima", conclui.
A Polícia Civil esclarece ainda que apenas o laudo cadavérico poderá precisar a quantidade de facadas que Geovane levou, mas estima-se que sejam entre 15 e 16 facadas.
O autor foi preso em flagrante no dia do crime e, no dia seguinte, em audiência de custódia, teve a prisão convertida em preventiva.
Antecedentes criminais
A Polícia Civil também esclareceu a questão envolvendo os antecedentes criminais de Geovane. Após o crime, circularam informações de que ele teria cerca de 20 passagens pela polícia. Entretanto, a investigação mostra que a vítima foi presa em flagrante pelo crime de furto no ano 2014. Já o autor é investigado por crime de furto no de 2010, no Estado de Minas Gerais.
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