A Divisão de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Civil continua investigando a morte de Giovane Ferreira da Silva Oliveira, de 29 anos. Ele foi morto a facadas por um homem de 41 anos, no fim da tarde da última sexta-feira (3), na entrada de um supermercado no bairro Victor Konder, em Blumenau.
A advogada que representa a família da vítima, Maria Cecília Seraphim, diz que ainda aguarda a entrega do relatório final das investigações da polícia ao Poder Judiciário, que deve ocorrer até a próxima sexta-feira.
"É bom lembrar que a vítima não está sendo investigada ou julgada, e qualquer tentativa de difamá-la fere não só a pessoa do Giovane como de sua família, que o tinha como pessoa querida e respeitosa, mesmo com problemas de saúde relacionado à droga", comenta.
Ainda, conforme Seraphim, os vídeos já apresentados à imprensa demonstram que ele foi covardemente assassinado. "Giovane era um rapaz de estatura baixa, sem qualquer preparo de defesa, e foi atingido por diversos golpes de faca, e, mesmo agonizando (ou mesmo já morto) teve seu peito atacado por diversas vezes até que o assassino cessasse as agressões. Neste momento, fica um pedido de justiça pela vida de Giovane, e pela paz entre a "população de bem" e pessoas em situação de rua", diz.
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Novas imagens de câmeras de monitoramento mostram o momento do crime. O Portal Alexandre José teve acesso as imagens com exclusividade. Veja:
No vídeo, o autor das facadas corre atrás de Giovane, com a arma branca em punho, na calçada da rua Antônio da Veiga, em frente ao supermercado. Mesmo após Giovane cair no chão, já na entrada do estabelecimento, o homem segue golpeando o vendedor de paçocas até a morte. Segundo o relatório de audiência de custódia foram pelo menos 15 facadas.
Embora a defesa negue, até agora os indícios apontam que a faca era de fato do agressor, e não da vítima. "A arma branca utilizada para o cometimento do delito seria de posse do próprio agressor", diz outro trecho da decisão do juiz Eduardo Passold Reis que converteu em preventiva a prisão do acusado.
No entendimento da Justiça, alguns pontos foram cruciais para afastar a hipótese de legítima defesa, que se ventilou depois do crime.
"Inviável dizer que o indiciado agiu em legítima defesa, ao menos neste momento embrionário das investigações, porque não há nenhum elemento concreto até o momento que pudesse corroborar tal versão.", afirmou o juiz.
A motivação do crime, seria uma discussão por causa de uma paçoca oferecida à filha do assassino. "Mesmo que não fosse esta a razão do delito, não há como se ignorar que o motivo é abjeto e torpe, além de manifestamente desproporcional ao contexto narrado".
O acusado teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, ainda no sábado (4).
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